Editorial

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Reforma política não resolve problema da corrupção

A tão propalada reforma política já em discussão no Congresso Nacional não vai resolver o problema da corrupção na política brasileira. Pelo menos esse é o pensamento de 69% dos leitores que participaram de uma enquete, encerrada ontem, sobre o assunto promovida no blog. Apenas 31% das pessoas que responderam a enquete acreditam que uma reforma política possa acabar com a corrupção.

Isso é preocupante na medida em que demonstra que a sociedade está totalmente incrédula na classe política, até porque nossos congressistas não fazem por onde demonstrar que há realmente interesse em se fazer uma reforma política ampla e irrestrita, capaz de acabar com os vícios que levam à corrupção.

A sociedade clama por uma limpeza ética, mas ao mesmo tempo sabe ser difícil isso ocorrer porquanto o atual Congresso Nacional é dirigido hoje por parlamentares que estão implicados no escândalo da Lava Jato, casos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do presidente da Câmara , Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Como fazer uma reforma política ampla e irrestrita que pudesse levar ao fim da corrupção se os próprios dirigentes do Parlamento estão implicados em escândalos de corrupção? Difícil acreditar que isso possa ocorrer.

Fato é que a reforma política que está se propondo fazer no Congresso Nacional não é a reforma política que está sendo articulada com assinaturas de cidadãos através da internet. O que se discute no Congresso Nacional é a reforma política proposta pelo PT e a reforma política que tem a posição de outras legendas. Ou seja, uma reforma política capenga que não contempla o que se poderia chamar de ampla e irrestrita.

O resultado da enquete mostra claramente o descrédito da sociedade numa reforma política séria. Para as pessoas as propostas de reforma política que tramitam no Congresso só contemplam mesmo a eles, os políticos, e não vai evitar o mar de lama em que se encontra a política brasileira hoje.

A conferir!

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