Política

Delcídio e Cerveró serão testemunhas na ação sobre chapa Dilma-Temer

Está no G1

O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta quinta-feira (29) a realização de depoimentos para ouvir o ex-senador Delcídio Amaral e o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró como testemunhas na ação que pede a cassação da chapa formada pelo presidente Michel Temer e pela ex-presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.

Delatores da Operação Lava Jato, Delcídio e Cerveró deverão falar na condição de testemunhas, que os obriga a falar a verdade. A ação, proposta pelo PSDB, aponta abuso de poder político e econômico na disputa presidencial, e acusa a campanha de usar recursos de propina desviados pelo esquema de corrupção que agia na Petrobras.

Em sua delação premiada, Delcídio disse que Temer apadrinhou o ex-diretor da BR Distribuidora João Augusto Rezende Henriques, acusado de ser um dos operadores de um suposto esquema de aquisição ilícita de etanol entre 1997 e 2001, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Em depoimentos dados a investigadores da Lava Jato, Delcídio e Cerveró também apontaram a suposta participação de Dilma em negócios suspeitos da Petrobras, especialmente, a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que, segundo o Tribunal de Contas da União, gerou prejuízo de US$ 792,3 milhões.

O TSE ainda não agendou os depoimentos de Delcídio e Cerveró. Outros acusados no esquema de corrupção na Petrobras, no entanto, já falaram, como executivos de empreiteiras, operadores do esquema e ex-funcionários da estatal.

Em caso de condenação, Temer perderia seu mandato de presidente, levando o país a novas eleições pelo voto direto dos eleitores, se o processo for encerrado ainda em 2016, ou pelo Congresso Nacional, caso a ação só seja concluída a partir do ano que vem.

Se foi condenada pelo TSE, Dilma se tornaria inelegível por 8 anos, pena da qual se livrou no processo de impeachment no Congresso, com o fatiamento da votação do Senado na qual foi aprovado o impeachment dela. Em uma segunda votação, os senadores decidiram que, apesar do impedimento para comandar o país, a petista não deveria ficar inabilitada para exercer funções públicas.

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