Editorial

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Programa eleitoral de Henrique tem fim melancólico

A campanha do candidato a governador do Rio Grande do Norte, presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB), teve um fim melancólico em seu programa eleitoral de Rádio e Televisão. Ao menos na TV, o programa do peemedebista foi ocupado por direito de resposta do candidato Robinson Faria (PSD) em 2 minutos levado ao ar na tarde desta sexta-feira. Mas já se sabe que no último programa que irá ao ar na noite de hoje, o programa eleitoral de Henrique será ocupado por quase 4 minutos de direito de resposta, 3m57s pra ser mais preciso.

Henrique Alves errou ao concordar com o seu marketing importado da Bahia para levar ao pé da letra o famoso adágio popular de que, “pau que bate em Francisco bate em Chico”. Basta ver o número de decisões favoráveis a direito de resposta concedidos a Robinson pela Justiça Eleitoral no programa de Henrique. No total elas ultrapassaram 15 minutos superando, inclusive, a duração dos programas eleitorais dos candidatos neste segundo turno que é de 10 minutos para cada candidato. Se todos os direitos de  respostas concedidos a Robinson fossem num mesmo programa, ainda sobrariam outros 5 minutos.

Henrique Alves errou também ao se contrapor aos questionamentos feitos pelo programa eleitoral de Robinson ainda no primeiro turno. A campanha de Robinson se utilizou de fatos relatados pela imprensa nacional para descontruir a candidatura de Henrique. Já Henrique, usando o lema de que pau que bate em Francisco bate em Chico exagerou na dose. Deu no que deu. A campanha acabou sendo judicializada e quem perdeu mais tempo no programa eleitoral foi o peemedebista.

A judicialização da campanha contra Henrique Alves foi muito bem explorada pelo marketing de Robinson, que chegou a citar em Editorial em seu programa eleitoral a declaração do juiz Cícero Martins de Macedo Filho, que disse que não descartava, também, que houvesse responsabilidade dos candidatos na divulgação de certas propagandas, “pois é difícil acreditar que não possam, também, administrar o próprio marketing de suas campanhas”. E completou: “não custa lembrar que pode passar também na cabeça dos eleitores a ideia de que quem não consegue administrar o próprio nível de suas campanhas talvez não tenha condições de administrar o estado”.

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