Economia

Leilão negocia quase R$ 16 bilhões em energia

O 6º Leilão de Energia de Reserva negociou um total de 535,3 MW médios de energia. O preço médio de venda ficou em R$ 169,82 por MWh. Apenas a fonte eólica e a solar fotovoltaica negociaram energia. Para eólicas, preço médio final: R$ 142,34 por MWh. Solar: R$ 215,12/ MWh. Destaque para a fonte solar fotovoltaica, que inaugurou sua participação em leilões com a negociação de 202,1 MW médios distribuídos por 31 projetos num total 889,6 MW.

Ranking vencedores fonte eólica LER6 (A-3): BA 373,5 | RN 235.6 | PE 82 | PI 78 potência instalada em MW Total: 769,1MW

Ranking vencedores fonte solar LER6 (A-3): BA 399.66 | SP 270 | MG 90 | CE 60 | RN 30 | GO 10 MW Total: 889.66 MW.

O leilão durou mais de seis horas, sendo que a concorrência foi dominada pelos projetos solar fotovoltaicos. O preço corrente, que é o mais alto ofertado na primeira etapa, ficou em R$ 221,20 por MWh, deságio de 15,57% sobre o preço teto de R$ 262 por MWh. Já a biomassa que negociaria resíduos sólidos, não teve oferta de energia. A fonte eólica ficou com preço médio final de R$ 142,34 por MWh.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram inicialmente cadastrados 1034 projetos, sendo 626 projetos eólicos, 400 de energia solar fotovoltaica e 8 termelétricas a biogás e Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

O 6º Leilão de Energia de Reserva foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) com operacionalização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No leilão, cada fonte vende energia em produtos separados, sendo que o preços máximos que poderão ser praticados pelos vendedores são 262 reais por megawatt-hora (MWh) para a solar, 144 reais por MWh para a eólica e 169 reais por MWh para as termelétricas a biomassa de resíduos sólidos. Vencem o leilão os empreendedores que oferecem os maiores descontos em relação a esses preços máximos permitidos.

O leilão foi acompanhado com atenção pelo mercado de energia solar pois marca o início da efetiva entrada da fonte na matriz elétrica brasileira. No país, há apenas um fabricante de módulos solares e fabricantes internacionais estão aguardando o resultado do leilão para definir se instalarão fábricas no país.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu condições de financiamento para a fonte solar que incluem exigências de nacionalização de equipamentos. Mas diante das incertezas ainda relacionadas à instalação de fornecedores no Brasil, alguns empreendedores buscam financiamentos de outros bancos, incluindo internacionais, e ainda devem contar com alguns equipamentos importados.

Entre algumas empresas com projetos cadastrados para o leilão constam AES Tietê, CPFL Renováveis, Alupar, Enel Green Power, Energisa, Renova Energia. Grandes fabricantes internacionais de módulos solares e desenvolvedores de projetos já com escritórios no Brasil, como a norte-americana SunEdison, também cadastraram projetos para o leilão.

O leilão negociou 15,9 bilhões de reais em contratos de energia, que serão assinados por 20 anos. A energia precisa começar a ser entregue em outubro de 2017.

Share Button

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com