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Sem provas cabais e só com ilações para incriminar o ex-presidente Lula de supostos crimes de improbidade ocorridos em seu governo cometidos por ele, a farsa montada por um conluio formado por políticos inescrupulosos, empresários gananciosos e ditadores de toga vai aos poucos se desmoronando, embora o intento de prender Lula ainda não tenha se configurado.

Senão vejamos, caro leitor: em 15 de fevereiro último, a coluna painel da Folha de S. Paulo, sim, eu disse a Folha, noticiou que “a tentativa de incriminar  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder absoluto em todos os cenários de intenção de votos para  a Presidência em 2018, é cada vez mais evidente”.

E continuava:

“Uma análise pericial feita a pedido da defesa de Lula afirma que a Odebrecht apresentou documentos fraudados à Justiça como se fossem provas de repasses de propinas a políticos registrados no Drousys, o sistema de contabilidade paralela da empreiteira. O especialista que analisou papéis anexados pelo Ministério Público Federal em acusação contra o petista diz que alguns extratos têm marcas de montagem ou enxerto. Ele também aponta inconsistências em datas de transações e em assinaturas.”

Mais adiante a coluna dizia que ” os documentos fazem parte de ação da Lava Jato que investiga o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo. Para a acusação, a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel. O perito que analisou a papelada da empreiteira é o mesmo que atestou a validade formal dos recibos apresentados por Lula como prova de que ele pagou o aluguel do local.”

Pois muito bem amigo leitor. No início de fevereiro, o juiz federal todo poderoso Sergio Moro concluiu que os recibos apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comprovar o pagamento do aluguel de um apartamento não são “materialmente falsos”. Ou seja, o perito que analisou os recibos estava correto.

“Julgo improcedente o incidente de falsidade, uma vez que os recibos de aluguel não são materialmente falsos, e, quanto à afirmada falsidade ideológica, a questão será resolvida na sentença da ação penal”, escreveu o magistrado em despacho para não ficar por baixo e tirar o dele da reta, claro e óbvio. Alguém tem dúvida?

Agora as testemunhas Alberto Youssef e Dalton Avancini, delatores da Lava Jato em liberdade, esclareceram em depoimento prestado na manhã da última sexta-feira (16) ao todo poderoso juiz Sérgio Moro, através de uma vídeo-conferência, que não têm conhecimento de supostas obras realizadas em um sítio em Atibaia e, ainda, que essas obras jamais foram tratadas em discussões relativas a contratos firmados pela Petrobras. Youssef também reconheceu que nenhuma reunião relativa a supostos acertos sobre contratos da Petrobras ocorreu em Curitiba ou no Estado do Paraná.

Reforçaram, ainda, que Lula jamais praticou qualquer ato em benefício de empreiteiras durante período em que ocupou o cargo de Presidente da República e tampouco recebeu qualquer vantagem indevida na forma de imóveis ou em reforma de imóveis. Lula também não é e jamais foi proprietário do sítio de Atibaia.

Na mesma linha dos depoimentos de Alberto Yousseff e Dalton Avancini, as testemunhas Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, delatores da Lava Jato em liberdade, e ex-diretores da Petrobras, esclareceram na sexta-feira à tarde, também em depoimento a Moro, que não tinham conhecimento de supostas obras realizadas em um sítio em Atibaia e, ainda, que essas obras jamais foram tratadas em discussões relativas a contratos firmados pela Petrobras.

Da mesma forma esclareceram que nenhum ato relativo a tratativas ou recebimento de vantagens indevidas sobre contratos da Petrobras ocorreu em Curitiba. Esses depoimentos reforçam que a escolha do juiz Sérgio Moro para julgar a ação pelo Ministério Público não tem qualquer base real.

Reforçaram, também, assim como Alberto Yousseff e Dalton Avancini, que Lula jamais praticou qualquer ato em benefício de empreiteiras durante o período em que ocupou o cargo de Presidente da República e tampouco recebeu qualquer vantagem indevida na forma de imóveis ou em reforma de imóveis. Lula também não é e jamais foi proprietário do sítio de Atibaia. Lula e seus familiares frequentaram o local como convidados da família Bittar, em razão de uma amizade de mais de 40 anos. Fato!

Detalhe sem muita “importância”, apenas a título de curiosidade: todos os delatores estão respondendo processo em prisão domiciliar. Coincidência ou não, todas estas declarações, embora a Globo não tenha dado ampla divulgação, estão vindo à tona agora, ou seja, após Lula ser condenado em decisão unânime pelos juizes João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e o desembargador Victor dos Santos Laus do TRF-4 com sede em Porto Alegre (RS). O Tribunal condenou Lula em segunda instância e aumentou a pena de 9 (concedida pelo juiz Sérgio Moro) para 12 anos, a fim de que o crime não prescrevesse e Lula pudesse sair candidato novamente à Presidência da República.

Estou me reportando aos fatos porque sempre disse e repito que até prova em contrário Lula é inocente. O que estão fazendo com Lula fizeram com Getúlio Vargas levando o ex-presidente ao suicídio e João Goulart, deposto pela ditadura militar e falecido no Uruguai, seu exílio até os últimos dias de vida.

Tentam encontrar algo para incriminar Lula, mas não conseguem. Já cascaviaram a sua vida e da sua família e nada. Até em paraísos fiscais foram atrás para ver se Lula tinha alguns trocados. Nadica de nada! Ficam só no mesmo do mesmo, o apartamento triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia. Disseram até que Lulinha, filho de Lula era sócio da JBS, Nada, absolutamente nada provaram. Os donos da JBS estão preso e Lulinha livre, leve e solto.

Agora os Manifestoches fiquem atentos porque o governo golpista pretende dar outro golpe com a intervenção militar no Rio de Janeiro a pretexto de conter a violência. A população aplaude, “aliviada”. Aqueles que perceberam a jogada e que querem ir as ruas protestar contra a reforma da Previdência vão ficar de mãos atadas. E sabem o por que? Porque o Rio de Janeiro estará sob intervenção militar e o Congresso Nacional estará sem poder trabalhar. Aí é onde entra o novo golpe. A intervenção militar será suspensa para a votação da reforma da Previdência, conforme o próprio governo golpista anunciou. Ela, a reforma previdenciária se torna, como sempre neste governo,  uma moeda de troca. A reforma então é aprovada. O governo golpista e empresários gananciosos se sentem agradecidos e aí se retoma a intervenção militar no Rio e onde o Congresso Nacional não pode fazer mais nada.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet