Política

Às vésperas de a CCJ votar denúncia, PSD faz trocas que devem beneficiar Temer

Está no G1

As vésperas de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) votar a denúncia contra o presidente Michel Temer, o PSD substituiu nesta segunda-feira (16) dois membros titulares. As trocas deverão favorecer o peemedebista.

Temer foi denunciado novamente pela Procuradoria Geral da República (PGR), desta vez pelos crimes de organização criminosa e obstrução à Justiça. Também são alvo da denúncia, por organização criminosa, os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

Por se tratar do presidente da República, o Supremo Tribunal Federal (STF) só pode analisar a denúncia com a autorização da Câmara. A primeira denúncia, por corrupção, acabou barrada.

Na semana passada, o relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), apresentou parecer a favor de Temer. O início da discussão sobre o relatório está previsto para esta terça-feira (17).

Para garantir de novo um placar favorável, o Palácio do Planalto tem recorrido aos partidos da base aliada para que façam substituições na comissão.

Líder do PSD, o deputado Marcos Montes (MG) negou que o motivo das substituições tenha sido esse, mas reconhece que as trocas deverão beneficiar Temer.

O deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA), que tinha votado a favor do presidente na primeira denúncia, mudou de ideia em relação a essa segunda denúncia, e pediu para deixar a comissão, segundo o líder do PSD.

Éder Mauro virou suplente do colegiado e, no lugar dele, ficará o deputado Edmar Arruda (PSD-PR), que votou a favor de Temer na primeira denúncia.

A segunda mudança foi a substituição de Expedito Netto (PSD-RO), que na primeira denúncia já tinha votado contra Temer no plenário. Netto passou para a suplência e, como titular, ficará Evandro Roman (PSD-PR).

“O delegado Éder comunicou na sexta que gostaria de sair da comissão porque vai votar contra. Já o deputado Expedito está numa viagem oficial no exterior. Ele votou no plenário contra o Temer e provavelmente vai manter o voto. Se eles quisessem votar, não teria qualquer problema em permanecerem na comissão”, disse Marcos Montes ao G1.

Na primeira denúncia, Roman já tinha votado com o governo e confirmou ao G1 que manterá a mesma posição.

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