Editorial

Cada vez mais estou convicto da farsa que montaram para prender Lula. O advogado dos delatores que o diga!

Se restava alguma dúvida por parte daqueles que acreditam que Lula não é preso político, e que só foi preso pela Lava Jato porque sabem que ele solto e sendo candidato novamente à Presidência da República vence ainda no primeiro turno, acho que não resta mais. A menos que não queiram enxergar isso ou que tenham ódio do Lula. Fico com a segunda opção.

Neste sábado (19), a prova que faltava de que Lula só foi preso porque todos os delatores que quisessem ter a pena diminuída teriam que ter na ponta da língua o nome LULA, veio à tona. O Jornal Nacional, inclusive, deu destaque. Figueiredo Basto é o nome do advogado que conduziu mais de 20 delações, como a de Alberto Youssef. O advogado responsável pelo maior número de colaborações premiadas na Lava Jato agora também é alvo de um delator. A suspeita: ser o intermediário de mesada de 50 mil dólares (hoje cerca de R$ 190 mil) a fim de garantir para seus clientes “proteção” da Polícia Federal e do Ministério Público. O feitiço virou contra o feiticeiro, tudo indica, e a farsa vai ruindo.

Mas, para confirmar o que estou dizendo vou reportar aqui o que disse a colunista Mônica Bergamo em uma entrevista para a Folha de S. Paulo, ainda em 2015, com o advogado Antonio Figueiredo Basto. Ele deixou transparecer quais poderiam ser os próximos passos da Operação Lava Jato. E o que o advogado dos delatores deixou transparecer na época é que o alvo era o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Figueiredo Basto diz que Youssef isentava Dilma. Lula era o cara.

Para  dirimir as dúvidas, caro leitor, vai a entrevista que Mônica Bergamo fez com o advogado Figueiredo Basto:

“Essa é uma organização criminosa ligada a um projeto de poder. Há alguém por trás disso tudo”, diz Figueiredo Basto, ao afirmar que seu cliente seria um “mero operador”.

Quem seria esse alguém? – perguntou a jornalista.

“Alguém aqui garantiu isso tudo. Se eu cortar o homem que tá aqui em cima, ou essa mulher, se eu cortar essa cabeça, o resto embaixo some”, disse ele.

Homem ou mulher? – tenta saber a jornalista.

“A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”.

E Lula?

Segundo Mônica Bergamo, Figueiredo Basto, que disse ter votado em Aécio Neves (PSDB-MG) e declarou ser amigo do também tucano Beto Richa, desconversou. Novas revelações sobre a Lava Jato, disse ele, serão feitas em novo depoimento, agendado para o dia 30 de março.

Basto deu ainda um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.

O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.

Figueiredo Basto, que orienta os movimentos de Youssef, parece ter uma agenda. E não se trata do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sim inviabilizar o PT e a volta de Lula em 2018.

Foto reproduzida da Internet

 

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