Editorial

Campanha para tentar desqualificar Fátima começou de forma aleivosa nas redes sociais

A campanha para tentar desqualificar a candidata Fátima Bezerra (PT) ao governo do Rio Grande do Norte começou. Bastou a pesquisa Ibope de intenções de voto ser divulgada pela Inter TV/Cabugi na última sexta-feira (17), colocando Fátima com 34%, seguida de longe por Carlos Eduardo Alves (PDT), com 15% e  e em terceiro lugar o governador Robinson Faria (PSD), com apenas 8%, que as vivandeiras do poder se arvoraram em publicar textos nas redes sociais contra a senadora que ganhou o Prêmio Congresso em Foco, julgado por 89 jornalistas que cobrem o Senado, ficando na quarta colocação entre os cinco parlamentares mais assíduos e atuantes na Casa. Na votação popular para o mesmo Prêmio, via internet, Fátima Bezerra ficou em 6º lugar concorrendo com mais 41 senadores. Detalhe: A exemplo dos anos anteriores, parlamentares com acusações criminais não puderam ser votados.

Às vivandeiras do poder,  lembro que Carlos Eduardo Alves, que não gosta de assinar o sobrenome, representa o candidato das oligarquias. Basta ver o seu palanque: Henrique Eduardo Alves (MDB), réu na Lava Jato; senador Garibaldi Alves (MDB), citado na referida operação; prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarilini, que deixou o governo do estado em situação caótica, e agora indicou o filho Kadu Ciarlini para vice de Carlos Alves e; claro, o governador Robinson Faria (PSD) – candidato que tem como seus aliados o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), relator da Reforma Trabalhista e algoz da classe trabalhadora, e o usineiro Geraldo Melo (PSDB), ex-governador que deixou o governo com o funcionalismo público com cinco meses de atraso no pagamento, fazendo escola pra Robinson que também atrasou salários. Não se pode deixar de dizer que na sondagem sobre rejeição Robinson Faria otbteve 59% e o seu governo foi avaliado com 81% também de rejeição, segundo a mesma pesquisa Ibope.

Lembro aos incautos de plantão  que na eleição para prefeito de Natal em 2008, na véspera do primeiro turno em que a disputa entre Fátima Bezerra e Micarla de Sousa, então no PV, se acirrou, o extinto O Jornal de Hoje, encartou na edição que circulou no final da tarde do sábado – a eleição era no domingo – um folhetim difamando Fátima Bezerra com um texto baixo, desrespeitoso, fascista e preconceituoso. O resultado da eleição todos sabem: Micarla de Sousa foi eleita com o apoio do então presidente da Assembleia Legislativa, hoje governador Robinson Faria, do senador José Agripino Maia e do deputado federal Rogério Marinho. Uma gestão desastrosa que serviu de discurso de retrovisor para Carlos Eduardo Alves na campanha seguinte, mantendo esse mesmo discurso como gestor até bem pouco tempo.

Agora, de uma forma mais, digamos, refinada e usando as redes sociais, as vivandeiras do poder voltam a carga contra Fátima Bezerra, utilizando-se de textos com ilações e achismo para tentar iludir o eleitor de que se Fátima for eleita governadora, o Rio Grande do Norte estará fadado a entrar numa crise pior do que já se encontra. Ora,ora,ora, caro leitor, como podem dizer que Fátima não será uma boa governadora sem antes ter passado pelo Executivo? A título de lembrança, em uma das campanhas de Lula, o ex-presidente da poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ) Mário Amato, chegou a dizer que se Lula fosse eleito mais de 800 empresários iriam pra fora do país. No entanto, Lula foi eleito tendo um empresário como vice, José Alencar, e ao contrário, nenhum empresário foi embora do país. Lula gerou emprego e renda, a economia cresceu, e ainda trouxe montadoras estrangeiras para o país.

A título de outro exemplo, as mesmas vivandeiras que pregam o caos no Rio Grande do Norte se Fátima for eleita governadora, são as mesmas que votaram em Micarla de Sousa para prefeita de Natal. Diziam que Micarla como administradora era competente e citavam a TV Ponta Negra, emissora da família Sousa como exemplo de boa gestão. Micarla na época era diretora-presidente da Ponta Negra. No entanto, ao assumir a prefeitura do Natal provou que não é bem assim. O caos se instalou na cidade e até hoje se fala nisso.

Fato é que o Ministério Público Eleitoral precisa está atento as redes sociais onde se prega o ódio e até o fascismo pelo fato de Fátima ser do PT e tendo reais chances de governar o Rio Grande do Norte. Campanha se ganha no voto e não com aleivosidade pregada nas redes sociais para ludibriar o eleitor.

A conferir!

 

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