Economia

Desemprego aumenta, após reforma trabalhista

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Em vigor desde 11 de novembro, a reforma trabalhista prometia aumentar o número de empregos, segundo seus defensores. Os dados mais recentes do Ministério do Trabalho e do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística), contudo, mostraram redução das vagas e uma taxa de desemprego no País que segue alta.

O Brasil iniciou 2018 com aumento da taxa de desemprego acima do esperado e do número de pessoas sem trabalho, reflexo das demissões sazonais após as vagas temporárias de final de ano, mas também da reação débil do mercado de trabalho à recuperação econômica.

A taxa de desemprego brasileira subiu a 12,2% no trimestre até janeiro de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

O resultado voltou ao mesmo patamar visto no trimestre até outubro do ano passado, depois de a taxa ter ficado em 11,8% no final do ano passado, e veio acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 12%.

“Não houve retenção plena de pessoas que foram contratadas para as festas de final de ano. Isso é normal. Só em momentos de boom e aquecimento é que os serviços, o comércio e as empresas seguram essas pessoas”, explicou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

“Se não fosse o período sazonal, a taxa deveria continuar caindo”, completou Azeredo, explicando que a tendência sazonal deve provocar aumento da taxa até março, mas que o Carnaval em fevereiro foi forte para o setor e pode criar novo efeito.

Entre novembro e janeiro, o País tinha 12,689 milhões de pessoas desempregadas, contra contingente de 12,3 milhões no quarto trimestre de 2017 e de 12,921 milhões no mesmo período do ano anterior.

Já o número de pessoas ocupadas caiu no período a 91,702 milhões, sobre 92,1 milhões no período anterior e 89,854 milhões no mesmo período do ano anterior.

O emprego informal continua ditando a regra no mercado de trabalho, que ainda mostra dificuldades de deslanchar após dois anos de recessão, apesar do cenário de inflação e juros baixos, com recuperação da atividade.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada subiu 5,6 por cento e era de 10,987 milhões no trimestre até janeiro. Ao mesmo tempo, o contingente de empregados com carteira caiu 1,7% e foi a 33,296 milhões.

A Pnad Contínua mostrou ainda que o rendimento médio do trabalhador foi a R$ 2.169 reais nos três meses até janeiro, sobre R$ 2.161 no trimestre até dezembro e 2.135 reais no mesmo período do ano anterior.

Imagem reproduzida do Falando Verdades

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