Três fatos marcaram esta semana com relação as ilações de que o ex-presidente Lula está envolvido em qualquer tipo de falcatruas. O primeiro é que procuradores do Ministério Público Federal ameaçaram reavaliar o acordo de delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, porque as informações repassadas pelo parlamentar não produziram qualquer avanço nas investigações. Falo especificamente do fato de que Delcídio não consegue provar acusações contra Lula e Dilma e que, portanto, a sua delação pode ser anulada.
No início do ano passado, o ex-senador Delcídio Amaral fez um acordo de delação premiada que o livrou da prisão. Nos depoimentos que prestou a procuradores e a pelo menos um delegado da Polícia Federal, Delcídio distribuiu diversas acusações, entre elas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a presidente deposta Dilma Rousseff.
Um dos casos emperrados seria a investigação sobre a suposta manobra de Dilma para nomear o ministro Marcelo Navarro, para o Superior Tribunal de Justiça e, a partir daí, tirar da cadeia o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht. Mas um ano e cinco meses depois, as informações fornecidas pelo parlamentar cassado não produziram qualquer resultado prático.
Agora a notícia de que o procurador federal Ivan Cláudio Marx, que investiga as alegações do empresário Joesley Batista de que os ex-presidentes Lula e Dilma receberam US$ 150 milhões em propina em contas no exterior disse que a versão dele é “incomprovável”. “Pedimos documentos para comprovar, e não veio nada”, afirmou.