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Em conversa com o jornalista Paulo Moreira Leite do site Brasil 247, o sociólogo e escritor Jessé Souza desmontou a farsa do triplex do Guarujá, pelo qual Lula foi condenado e preso, e a fábrica de mentiras para condenar o ex-presidente.
Ele considera que o ódio cravado na sociedade contra Lula é classista e contra o pobre. Não existe preconceito regional. Ocorre, sim, o preconceito de classe, ou seja, é o pobre! O povo nordestino é discriminado porque mais de sua metade é pobre, ressaltou.
Sobre o triplex, afirmou: Essas pessoas deveriam usar óleo de peroba no rosto, a condenação foi baseada em uma reforma que nunca existiu, uma palhaçada.
Jessé desconstruiu a farsa entre o poder Judiciário e a mídia para desmoralizar Lula. Lula foi atribuído num esquema bilionário na Petrobras e o que ganhou em troca? Uma reforma na cozinha. Reforma essa que nunca existiu, num apartamento que nunca foi dele, registrou.
Para ele, o MTST, com a ocupação, “desmontou a farsa de que o imóvel era luxuoso e reformado”. “A mídia investigativa, que deveria cumprir esse papel, não o fez. O portal R7 cometeu o absurdo de colocar a foto de um apartamento luxuoso qualquer atribuindo a imagem ao triplex do Guarujá”, criticou.
Notas fiscais suspeitas
As notas fiscais emitidas por empresas, algumas de Curitiba, para justificar a reforma inexistente no apartamento tríplex, no Guarujá, e servir de base para a condenação do ex-presidente Lula apontam para uma fraude processual. Nenhum dos produtos ou serviços cobrados, segundo a Justiça Federal, foi efetivamente entregue.
As notas fiscais foram emitidas pelas empresas Talento Construtora, GMV Latino America Elevadores, TNG Elevadores e Kitchens Cozinhas e Decorações. As duas primeiras têm sede na capital paranaense. Sequer os elevadores, a cozinha planejada ou as obras de alvenaria foram entregues, conforme constatou o MTST, ao ocupar o imóvel.
Participação dos Estados Unidos
Dando sequência à desconstrução da Lava Jato, Jessé de Souza expôs as relações promíscuas entre setores do Judiciário brasileiro e norte-americano, afirmando que os Estados Unidos lucram com o desmonte brasileiro. “Kenneth Blanco, que é subprocurador-geral do Departamento de Estado Americano, comemorou a cooperação norte-americana com os procuradores da Lava Jato. O que antigamente era combinado por debaixo dos panos, hoje em dia é feito à luz do dia, sem pudor algum”, denunciou.
Jessé considera a influência norte-americana no Brasil o fator que exige maior preocupação. “Essa parceria entre Judiciário brasileiro e norte-americano é completamente ilegal, pois fere o respeito aos tratados que exigem a formalização desses acordos, protegendo dessa forma interesses nacionais. Enviar informações secretas do Brasil sem nenhum critério é um crime de lesa pátria”, concluiu.
Em tempo: em março de 2016, o G1 SP publicou uma reportagem sob o título “Notas fiscais mostram que OAS pagou por móveis para triplex e sítio, que já havia sido no dia anterior reportagem do Jornal nacional. Na matéria é citado apenas que a loja fica na avenida Faria Lima, em São Paulo, mas não cita o nome do estabelecimento. Outra: a reforma no triplex não ocorreu nem a mobília foi instalada no triplex nem no sítio. Confira a reportagem clicando aqui
Foto reproduzida da Internet
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