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Confesso que hoje amanheci o dia um tanto quanto surpreendido e até chocado com a notícia de que um professor de sociologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) proibiu uma mãe de uma criança de apenas 5 anos de assistir as suas aulas, alegando que a menina atrapalhava. Trata-se do professor graduado e mestre em Ciências Sociais pela mesma UFRN, doutor pela Universidade de paris René Descartes e pós-doutorado em sociologia (UFRJ), Alípio Sousa Filho. Com todo este currículo, o professor não levou em consideração tratar-se de uma aluna-mãe que não tem com quem deixar a filha, mas no entanto, faz um esforço para estudar, o que, por si só, já é digno.

O mestre em sociologia manchou a sua biografia com o desrespeito à mulher e sobretudo uma mãe, que apesar de todas as dificuldades – ela trabalha de manhã e de tarde – se esforça para concluir o seu curso e almejar um futuro melhor para a sua pequena. A estudante Waleska Maria Lopes (foto) certamente não tem nada para comemorar no Dia Internacional da Mulher. Ao contrário, só tem a lamentar que a atitude de um homem tenha levado ela e a sua filha ao constrangimento.

“Me senti muito mal. Minha filha me perguntou se não podia mais assistir as minhas aulas. Se era por causa dela. É uma grande humilhação. A única família dela sou eu. Ela só tem a mim. Foi terrível”, relatou a estudante. Segundo Waleska, o professor disse que ela não poderia assistir as suas aulas com a criança e ordenou que se retirasse da sala de aula.

Um fato lamentável. O que se espera agora é que o professor Alípio Sousa Filho reveja a sua intransigente posição e permita que Waleska possa assistir as suas aulas com a filha de apenas 5 anos de idade. Ou, no mínimo, que o Departamento de Sociologia da UFRN chame a atenção desse professor em função do constrangimento criado para a aluna e pra própria Universidade.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet