Editorial

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O PT e as pesquisas internas

A direção nacional do PT fala em pesquisa interna para a eleição majoritária no Rio Grande do Norte. Segundo as informações o pré-candidato a governador Robinson Faria (PSD) estaria empatado tecnicamente com o seu oponente Henrique Eduardo Alves (PMDB). Segundo a pesquisa petista Henrique sofre um alto índice de rejeição, o que não é nenhuma novidade. Por outro lado, Faria até bem pouco empo era tido como o candidato que só tinha votos no Agreste potiguar. Sugere-se a esse empate técnico ao que se convencionou chamar de “acordão” envolvendo Alves, Faria (de Wilma) e Maia para dar sustentação política a candidatura de Henrique.

Não duvido de que isso possa mesmo está ocorrendo, mas a pesquisa foi encomendada pelo PT, partido que deverá se coligar com o PSD de Robinson Faria indicando a deputada federal Fátima Bezerra ao Senado. Naturalmente o objetivo não foi aferir a intenção de voto para governador e sim para o Senado, porquanto o interesse maior do PT é a eleição de Fátima. É preciso saber o que diz a pesquisa sobre a intenção de voto para o Senado, visto que Fátima Bezerra está na disputa com Wilma de Faria (PSB) para uma única vaga a senatória;

Acaso Fátima esteja a frente de Wilma já justifica o crescimento de  Robinson, pois que só o discurso contra o “acordão” e o alto índice de rejeição de Henrique não levaria a isso tão repentinamente, até porque até bem pouco tempo o PT desejava uma aliança com o PMDB. Assim sendo, o discurso do acordão não vale para o crescimento de Robinson. Mais provável aí seria o crescimento de Fátima Bezerra diante de Wilma de Faria, o que não se sabe até agora, pelo menos além PT.

A eleição suplementar para prefeito em Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, e que ocorrerá no dia 4 de maio, deverá certamente sinalizar melhor o quadro sucessório no estado. Diria que pode servir como termômetro para a campanha majoritária com vistas ao pleito de outubro, pois que o PSD terá candidato a prefeito – Francisco José Silveira Júnior, prefeito tampão – assim como o PSB – deputada Larissa Rosado – que contará com o apoio dos Alves. O resultado do pleito servirá como balizamento da campanha sucessória no estado, considerando até que Mossoró é um feudo dos Rosado e que uma vitória do PSD é significativa para as intenções de Robinson Faria.

Fato é que, com base nas informações do PT, de que Robinson Faria estaria empatado tecnicamente com Henrique Alves na corrida sucessória ao governo do Rio Grande do Norte, já está mais do que na hora de uma nova pesquisa de intenção de voto com os nomes de Robinson, Henrique e até mesmo a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que não sabe ainda se será candidata a reeleição. Para Faria, volto a dizer o que já disse em outra ocasião, seria melhor que Ciarlini disputesse o pleito.

A conferir!

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5 Responses to Editorial

  1. Antonio Damasceno disse:

    Caro, Barbosa,

    Não sei se Mossoró possa servir de termômetro para eleição de outubro. O prefeito Fco. José jr. não possui densidade eleitoral, tanto que, para vereador, não ficou entre os mais votados. O que acontece hoje é a máquina da prefeitura trabalhando arduamente para sua eleição, sem falar, é claro, do apoio da ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado, agora no PMDB, que se recusou a seguir o seu partido e apoiar a deputada Larissa Rosado. Somado a isso, temos uma coligação de partidos, sem densidade, além dos dissidentes do DEMOCRATAS. Portanto, o vice-governador ou mesmo Fátima nada têm de influência nessa eleição.

  2. Carlos A. Barbosa disse:

    Muito bom dia, amigo. Concordo em parte com vc. Mas quando falo que Mossoró pode servir de termômetro para as eleições de outubro, me refiro no que diz respeito ao que chamam de “acordão”. No caso aí de Mossoró o “acordão” estaria do lado de Larissa e José Jr representando os interesses de Robinson, concorda? Então se ele vencer a eleição é uma boa sinalização para Robinson, não significando necessariamente que ela vá vencer o pleito de outubro , mas uma resposta do povo ao chamado “acordão”, que prefiro chamar de grande coalizão de partidos.

  3. Antonio Damasceno disse:

    Amigo Barbosa,

    Se Larissa mantiver sua candidatura, acho pouco provável a vitória do Fco. José Jr. Há décadas que um membro não Rosado toma a prefeitura dessa família. Veja a situação da própria Cláudia. Sem sobrenome, durou poucos meses na gestão. Em 92, o nome do empresário Luís Pinto era o nome apoiado pela então prefeita Rosalba Ciarline, e campeão nas pesquisas. Resultado: Dix-Huit venceu as eleições. Embora haja um apoio do grupo da ex-prefeita Fafá ROSADO, o prefeito provisório precisa quebrar um tabu de décadas, de uma família que se dividiu para se perpetuar no poder.
    O que penso é que o Silveira não pode deixar o burro passar selado. Mas a luta é de gigantes.

    Quanto ao “acordão”, ainda assim, passa-se longe de existir qualquer relação. Os atuais caciques do estado perderam densidade em Mossoró. Garibaldi e Agripino viveram a reboque do nome de Roasalba nas últimas eleições, assim como a própria Vilma em sua primeira eleição para o governo. Hoje ela é uma pessoa “non grata” na cidade. o Henrique vive da fama do pai, mas os “aluisistas” estão morrendo com a idade. Fico a pensar como será a eleição de outubro.

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