Editorial

O que o leitor tem a dizer sobre isto?

Antes que me crucifiquem por dizer que até prova em contrário até agora não tem nada de concreto que prove que o ex-presidente Lula esteja envolvido na Lava Jato, ou que tenha cometido algum crime que desabone a sua conduta, gostaria que o leitor refletisse sobre o que vem abaixo:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato, determinou o arquivamento das investigações de uma acusação contra o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB. Fachin seguiu a recomendação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que concluiu que o crime atribuído pelo ex-senador Sérgio Machado (CE) a Aécio prescreveu. Ou seja, o Estado perdeu o prazo para julgá-lo. O caso ficou parado nas gavetas de Janot por meses.

Em depoimento prestado em maio, Sérgio Machado acusou Aécio de ter recebido dinheiro ilícito entre 1998 e 2000, quando ainda era deputado federal. O procurador-geral pediu autorização do Supremo para apurar a denúncia em 4 de outubro. No mesmo dia, o tribunal pediu a Janot que se pronunciasse sobre o assunto. Só no início deste mês ele se manifestou. Avisou à corte que o crime de corrupção passiva atribuído ao senador prescreveu, só poderia ter sido punido até 2016.

Outra:

O desembargador do Tribunal Federal da 1ª Região Ney Bello acatou o habeas corpus apresentado pelos advogados de defesa do ex-deputado Henrique Eduardo Alves e do corretor Lúcio Bolonha Funaro e paralisou o processo que apurava o suposto pagamento de propina na liberação de recursos do fundo de investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A decisão do desembargador foi fundamentada em um pedido feito anteriormente pela defesa do ex-deputado Eduardo Cunha. O processo contra Cunha havia sido desmembrado para evitar que todo o restante do processo fosse paralisado.

A defesa alega que a paralisação é necessária para que sejam juntados nos autos do processo as mídias com os depoimentos dos delatores Fabio Cleto e Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior. Com a decisão, o processo fica paralisado pela quarta vez desde a sua abertura.
E mais:
Ex-executivo da Odebrecht em Alagoas, Ariel Parente afirmou à Força Tarefa da Lava Jato que negociou pessoalmente propina para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Em 2010, segundo o delator, Renan reclamou que R$ 500 mil era pouco dinheiro.

Ariel Parente trabalhou na Odebrecht deste 1970. Aos investigadores, ele contou que Renan ficou irritado ao ser comunicado que a Odebrecht teria liberado R$ 500 mil em dinheiro vivo para o senador usar em sua campanha em 2010. “Ele achou pouco o valor”, afirmou Parente.

E pra concluir:

Relatos históricos apontam que caixa dois já abastecia o golpe militar de 1964. Senão vejamos: “Cada um trazia duas maletas, uma em cada braço. No total, seis maletas. (…) Mandei abrir. Começou uma briga, mas olhei e vi que era só dólar, dólar, dólar. Todas elas cheias de dólares. Amarradinhos do banco, aqueles pacotes de depósito bancário. Um milhão e 200 mil dólares”.

A declaração acima foi dita pelo coronel reformado Elimá Pinheiro Moreira à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo em 18 de fevereiro de 2014. De acordo com ele, o dinheiro -uma quantia que ajustada para os valores de hoje estaria em mais de R$ 10 milhões – fora levado em 30 de março de 1964 pelo então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Raphael de Souza Noschese, para financiar o apoio do general Amaury Kruel, que havia sido chefe do Gabinete Militar e ministro da Guerra de João Goulart e comandada o 2º Exército, em São Paulo.

Como se observa, nem o PT criou caixa 2 nem Lula muito menos. E quanto aos dois pesos e duas medidas referente a outros políticos, fica a critério do leitor.

A conferir!

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