Editorial

Os adversários de Fátima faltam com a verdade

Natural que numa campanha majoritária pincipalmente em se tratando de cargos para o Executivo, no caso em questão, para governador (a), os adversários que estão em desvantagem nas pesquisas se utilizem de artifícios para desconstruir aquele candidato (a) que lidera as intenções de voto.

A candidatura de Fátima Bezerra (PT), que mantêm-se na frente em todas as pesquisas de diferentes institutos incomoda e muito seus principais adversários, Carlos Eduardo Alves (PDT) e Robinson Faria (PSD). Normal, afinal Fátima representa a quebra de paradigmas arcaicos instalados no Rio Grande do Norte há mais de 50 anos com oligarquias se revezando no poder, quando não, representantes delas.

O discurso do atual governador Robinson Faria, candidato a reeleição, de que Fátima não tem condições de atrair investimentos para o Estado e abrir conversas com o segmento do setor empresarial e de que “em muitos casos trabalhou contra o Rio Grande do Norte” no Senado, é um discurso sem fundamento e de fácil desconstrução.

A título de exemplo, Fátima Bezerra já afirmou e reafirmou que vai reestruturar o Proadi (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial) e abrir diálogo com o empresariado desmistificando o mito de que o PT é contra o empresariado, contando ao seu lado com o senador Jean Paul-Prates – atual suplente de Fátima no Senado -, que já foi, inclusive, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. Aliás, Jean Paul-Prates é um dos maiores especialistas em energia eólica no Brasil e o Rio Grande do Norte tem boas perspectivas neste setor para os próximos anos. Ou seja, mais investimentos para o estado.

A geração de energia eólica no Brasil cresceu em julho deste ano 24% ante igual período do ano passado, à medida que novos parques entram em operação em um setor que deve ser a segunda principal fonte da matriz elétrica já em 2019. O setor de energia eólica está em trajetória crescente, com perspectiva de chegar em 2022 com uma capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país, contra atuais 13,4 GW.

Os investimentos em energia eólica podem garantir conta de luz gratuita por pelo menos 20 anos. A projeção é da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) considerado os contratos firmados em leilões e no mercado livre. O Brasil conta atualmente com 534 parques eólicos, sendo a maioria no Nordeste: 137 no Rio Grande do Norte; 111 na Bahia e 80 no Estado do Ceará. Previsão da ABEEólica avalia que o setor deve chegar a 2022 com uma capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país.

Vale ressaltar que o segmento de energia eólica no Rio Grande do Norte conta com o apoio da UFRN, IFRN, Sindicato das Empresas do Setor Energético do Rio Grande do Norte (Seern), Conselho Regional de Economia, Sebrae e Federação das Indústrias do RN (Fiern).

Não só isso, Fátima vai investir no turismo, principal indústria do Rio Grande do Norte, atraindo investidores e não deixando que empresas que querem se instalar aqui, não sejam prejudicadas por burocracia ambiental, caso do Hotel que virou um elefante branco na via Costeira na gestão do então prefeito Carlos Eduardo Alves, deixando de gerar emprego e renda para os natalenses. Fátima também pretende interiorizar o turismo não ficando restrito apenas a Natal.

Fátima como senadora também trouxe para o RN 19 Institutos Federal de Ciência e Tecnologia – antes só existiam dois, um em Natal e outro em Mossoró. É verdade que a expansão dos institutos foi obra e graça dos governos Lula, mas Fátima conseguiu trazer um  número de Institutos federais para o Rn maior que em outros estados. Detalhe: além de trazer para o estado escolas com educação de qualidade, a construção destes institutos movimentou o setor da construção civil e gerou emprego. Kits de equipagem para todos os Conselhos Tutelares no estado também foram trazidos para o RN pela parlamentar Fátima Bezerra. Com isso o RN foi o primeiro Estado do país a equipar todos os conselhos tutelares. O kit era um veículo, computadores, impressoras e geláguas. Pelo menos mais de R$ 37 milhões, através de emendas no OGU (Orçamento Geral da União), foram destinados para a compra de 157 ônibus escolar para o Estado, bem como equipamentos para escolas, contemplando 59 municípios, implantação da Escola Multicampi de Medicina da UFRN em Caicó, beneficiando jovens também de Currais Novos e Santa Cruz.

A Escola Multicampi de Medicina possibilitiu a expansão de vagas remanescentes de Medicina, um dos objetivos do Programa Mais Médicos. A ideia era interiorizar as oportunidades e a inclusão social, inclusive, a estudante de Medicina dessa Escola, Ana Luiza Lima, de Caicó, representou os estudantes na solenidade de dois anos do Programa Mais Médicos, no governo Dilma, sendo objeto de reportagem no Jornal Nacional.

Sobre o que disse o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, de que Fátima só pensa em Brasília, também não é verdade. Tanto assim que o povo fez o chamamento para ela ser candidata ao governo. Fátima, ao contrário de Carlos Eduardo Alves, tem o que falar sobre o Rio Grande do Norte. Carlos Eduardo Alves não. Foi prefeito as custas de um discurso de retrovisor usando o nome da ex-prefeita Micarla de Sousa e continuou a usar esse mesmo discurso na sua gestão. Uma gestão feijão com arroz, nada inovador, onde coleta de lixo e pavimentação asfáltica foi, digamos, sua grande obra. Nada mais que a obrigação de um gestor municipal. Aliás, deixou para o seu sucessor na prefeitura, Álvaro Dias, uma “obra” inacabada, o asfalto das avenidas Hermes da Fonseca e Salgado Filho, só tendo sido feito uma parte, num bairro onde o IPTU é um dos mais caros da cidade. E, igual ao governador, também atrasou salários do funcionalismo público.

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