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Na semana em que provavelmente virará réu por corrupção, o ainda senador Aécio Neves publica artigo hoje na Folha de São Paulo. Nega qualquer ilegalidade. E diz que, se errou, foi por ser “ingênuo”.
É também Aécio o “ingênuo” que foi o maior beneficiário da Lista de Furnas.
E que, não satisfeito, montou uma operação abafa para qualificá-la como fraudulenta. Conseguiu até uma capa na revista Veja, que fazia acusações à minha pessoa.
Depois, o “ingênuo” e sua turma até ameaçou meu mandato como como deputado estadual na Assembleia Legislativa. Tudo porque denunciei a Lista de Furnas que, depois, como se sabe, revelou-se verdadeira.
É o “ingênuo” que mandou prender o jornalista Marco Aurélio Carone porque era criticado. Carone ficou nove meses na cadeia e só foi solto cinco dias depois que Aécio, o “ingênuo”, foi derrotado por Dilma, em 2014.
Aécio Neves é o mais citado entre os delatados da Lava Jato. Segundo um dos delatores, o “ingênuo” era o “mais chato” na cobrança de propina.
O senador “ingênuo” é também aquele que era dono da rádio Arco Íris, também investigada pelo MPF por receber uma grana preta do governo do estado comandado pela irmã Andrea e pelo próprio Aécio.
“Ingenuamente”, também, Aécio pediu R$ 2 milhões para o “empresário” Joesley Batista, e combinou um jeito de pegar o dinheiro – não, a bufunfa não poderia ser depositada em conta corrente, como fazem os normais, mas buscada em malas.
Ele também foi muito “ingênuo” ao combinar que um primo buscasse a grana na JBS. E também foi inocência afirmar que poderia matar o primo antes que este delatasse.
Aécio Neves é, como se vê, o ingênuo mais espertalhão do mundo.
* Rogério Correia é deputado estadual (PT-MG)
Foto reproduzida da Internet