Política

Tramitação de denúncia deixa sequelas entre Planalto e Maia

por Gerson Camarotti, no G1

A tramitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer deixou sequelas na relação do Palácio do Planalto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Até então apontado como uma espécie de líder do governo na Câmara, Maia passou a ser visto nesse processo como potencial sucessor de Temer. E, portanto, como ator interessado diretamente no desfecho do caso.

Integrantes do Palácio do Planalto culpam Maia pelo adiamento para agosto da votação em plenário da denúncia contra Temer. Reclamam do trâmite demorado na Comissão de Constituição e Justiça e da falta de empenho de Maia para que colocasse a denúncia em plenário antes do recesso parlamentar.

Auxiliares de Temer acham que Maia deveria ter cedido na interpretação regimental para iniciar a votação da sessão da denúncia com 257 deputados presentes em plenário; e não com o quórum de 342 deputados, como manteve o presidente da Câmara.

Por outro lado, deputados próximos de Rodrigo Maia culpam o PMDB pelas principais dificuldades encontradas por Temer nessa tramitação da denúncia. “O presidente da CCJ (Rodrigo Pacheco) e o relator da denúncia (Sérgio Zveiter) são deputados do PMDB. Eles que causaram as maiores dificuldades ao governo. O partido não assume seus erros e tenta culpar Rodrigo Maia. Não vamos aceitar esse carimbo de traidor. Maia está cumprindo o regimento”, reagiu um aliado do presidente da Câmara.

Foto reproduzida da internet

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