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Uma análise mais aprofundada sobre os e-mails de Marcelo Odebrecht

Nesta quarta-feira (21) os advogados de Marcelo Odebrecht apresentaram 21 e-mails trocados entre o empresário e funcionários da empreiteira que, segundo eles, comprovam a negociação envolvendo a compra do terreno para o Instituto Lula, conforme relata O Globo.

As mensagens eletrônicas estavam no computador pessoal de Marcelo e foram selecionadas depois que ele passou a cumprir pena em casa.

Segundo a defesa do empresário, as mensagens reforçam o que Marcelo afirmou na delação premiada a respeito da compra, pela Odebrecht, do terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula, em São Paulo, em setembro de 2010. A obra nunca saiu do papel.

Em um desses e-mails, o ex-executivo da Odebrecht Paulo Melo pede que o setor de propinas do grupo programe três pagamentos e solicita que Marcelo os autorize.

Os mesmos valores aparecem na planilha Italiano, relacionados à linha “prédio IL”. De acordo com a Lava Jato, Italiano é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci, que admitiu gerenciar pagamentos ilícitos.

Ontem, também, o escrevente João Nicola Rizzi afirmou que chegou a preparar duas minutas de transferência do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), uma no nome de Jonas Leite Suassuna e outra no nome de Fernando Bittar, e que os documentos teriam como compradores ou ex-presidente Lula ou a ex-primeira dama, já falecida, Marisa Letícia.

João Rizzi prestou depoimento como testemunha de acusação em uma ação da Lava Jato sobre o sítio de Atibaia.

Nesta ação penal, o ex-presidente é acusado de receber reformas no sítio como propina. Jonas Suassuna e Fernando Bittar são sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva.

As minutas, segundo Rizzi, datadas em 2016, foram elaboradas a pedido do advogado Roberto Teixeira, e os dados dos compradores foram deixados em branco, a pedido do advogado. Ainda de acordo com o escrevente, as escrituras não foram formalizadas.

Vamos aos fatos:

A nova sede do Instituto Lula nunca foi construída. O escrevente que prestou depoimento sobre o sítio em Atibaia declarou também que as escrituras nunca foram formalizadas. Daí se conclui que como o ex-ministro Antônio Palloci, que admitiu gerenciar pagamentos ilícitos, recebeu o dinheiro da compra do terreno e esse dinheiro não apareceu na conta de Lula nem de dona Marisa, nem aqui no Brasil nem em paraísos fiscais, alguém embolsou a grana. Aliás, essa era uma pergunta para o juiz Sérgio Moro fazer a Palloci. Quem recebeu o dinheiro Sr Palloci? Onde está o dinheiro da compra do terreno doado pela Odebrecht ao instituto Lula? Quanto as escrituras do sítio o próprio escrevente já elucidou: não foram formalizadas. Portanto…

Foto reproduzida da Internet

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