- blogdobarbosa - https://blogdobarbosa.jor.br -

A campanha agora é pra valer. Fátima tem o que mostrar; e os seus principais oponentes têm o que dizer?

por Carlos Alberto Barbosa

A campanha eleitoral que se inicia oficialmente nesta terça-feira (16) agora é pra valer. A governadora Fátima Bezerra (PT), candidata a reeleição, tem o que mostrar, não porque está na cadeira de governadora, mas por sua altivez, perseverança e determinação em reconstruir o Rio Grande do Norte.

Com o maior investimento em educação da história do estado, número recorde de leitos críticos e clínicos instalados na rede estadual de saúde, pagamento em dia de salários de servidores da ativa, aposentados e pensionistas; crédito e assistência técnica a pequenos produtores rurais, agricultores familiares e microempreendedores e estimulo à economia para gerar empregos, o governo da professora Fátima Bezerra, superou um desafio que parecia impossível: equilibrar as finanças em meio a um quadro caótico com quatro folhas salariais em atraso e dívida com fornecedores e prestadores de serviço totalizando cerca de R$ 2 bilhões, agravado pela pandemia da Covid-19. Não esqueçamos que o governo petista também retomou obras paralisadas que envolviam recursos federais e do Banco Mundial com contrapartida do estado, caso do Hospital da Mulher em Mossoró, que deverá ser entregue até o final deste ano.

Mas, e os seus principais adversários políticos na corrida sucessória ao governo do estado, como o ex-deputado estadual e ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade) e o senador Styvenson Valentim (Podemos), o que ambos têm a mostrar ao eleitor (a) do Rio Grande do Norte? Me parece que quase nada e quando tem a mostrar não é lá coisa de interesse público. Se não vejamos: com histórico de propor demissões, Fábio Dantas, por exemplo, defende reforma administrativa. De acordo com o jornalista Bruno Barreto, em seu blog, o ex-vice-governador de Robinson Faria (PL), que atrasou salários do funcionalismo público estadual, propõe em seu plano de governo uma ampla reforma administrativa para reduzir o comprometimento das receitas com o funcionalismo público. Ou seja, demissão de servidores.

Afirma ainda Barreto, que em março de 2017, ao assumir o governo do estado interinamente, Dantas assinou projeto de lei que pedia a Assembleia Legislativa autorização para demitir 14 mil servidores. “A ideia, em um contexto de salários atrasados, pegou mal e logo houve um recuo”.

E o senador Styvenson Valentim, que ficou conhecido antes do mandato como o “Xerife” das blitzen nas operações da Lei Seca no RN, o que tem de conteúdo como político a oferecer ao eleitor potiguar? Da mesma forma que Fábio Dantas, quase nada e quando tem a mostrar é desabonador. Por exemplo: Styvenson destaca como um de seus principais projetos como parlamentar o Projeto de Lei 3.127/2019 que possibilita a castração química voluntária de pessoas condenadas de forma reincidente por crime contra a liberdade sexual. Me parece um tanto quanto contraditório, pois que Styvenson Valentim, enquanto senador da República, já demonstrou, ao menos, em duas ocasiões um comportamento misogino. Em julho de 2021, a deputada Joyce Hasselmann (PSDB-SP) acionou a Polícia Legislativa ao denunciar que teve o apartamento funcional invadido, em Brasília. Hasselmann apresentou fraturas no rosto e no corpo. O senador Styvenson Valentim debochou da deputada durante entrevista ao vivo pela internet, sugerindo que os ferimentos seriam resultado de “chifre” ou “cocaína”. “Aquilo ali, das duas uma. Ou duas de quinhentos [Styvenson leva as mãos à cabeça, fazendo chifres] ou uma carreira muito grande [inspira, como se cheirasse cocaína]. Aí ficou doida e pronto… saiu batendo em casa”, comentou o senador durante live no Instagram. Styvenson Valentim chegou a receber uma nota de repúdio da bancada feminina no Senado por essas declarações.

Ainda em 2021, Styvenson com seu comportamento misogino, em um vídeo que circulou nas redes sociais, comentou um caso de agressão cometida por um policial contra uma mulher, afirmando que não sabia o que a vítima tinha feito “para merecer os tapas”. A fala do senador foi feita durante uma transmissão ao vivo.

“Um dia me pegaram numa entrevista e disseram: capitão o caba deu na mulher com uma criança e não sei nem o que, não sei nem o que. E eu disse: amigo, eu não estava na ocorrência. Eu não estava. Eu não sei como foi. Como eu vou dar uma explicação de uma coisa que eu… Pelo vídeo aí, eu estou vendo que ele está dando dois tapa (sic) na mulher, uns tapa (sic) bom, na mulher. Agora, eu sei lá o que essa mulher fez para merecer dois tapa. Será se ela estava calada, rezando o Pai Nosso, para levar dois tapa (sic)? Eu não sei, eu não sei”, declarou Styvenson.

Portanto, caros leitores (as) tirem suas conclusões!

Imagens reproduzidas da Internet

Compartilhe:
[1] [2]