por Carlos Alberto Barbosa
A bem da verdade, apesar dos interesses por trás, a “fumacinha” saída da capela das oposições só anunciou a formação do clero – a aliança entre o PSDB de Ezequiel Ferreira e o MDB de Walter Alves -, mas o nome do papa a servir ao clero – digo, o candidato a governador a servir as oposições – não foi ainda anunciado. Nem o possível candidato, no caso Ezequiel, se pronunciou oficialmente. Como disse a nota do PSDB na semana passada, “só quem fala por Ezequiel Ferreira é Ezequiel Ferreira”. Portanto, o “clero” continua ainda sem “papa”.
Um fato curioso chamou a atenção: um dos maiores interessados na formação de uma chapa oposicionista para o governo não participou da reunião na casa de Ezequiel no domingo. Falo do “ministro queridinho” do presidente Jair Bolsonaro, Rogério Marinho (do Desenvolvimento Regional), pré-candidato ao Senado. Será que não foi convidado? Marinho, que disse que Bolsonaro “é rude e sem finesse”, segundo a jornalista Bela Megalle, de O Globo, anda rifando um candidato a governador pra chamar de seu.
Há quem diga que se trabalha com milhões de argumentos junto ao clero para que o nome do “papa” seja oficialmente anunciado. Contudo, ninguém quer se arriscar numa corrida maluca, onde não se tem a certeza do êxito. Até porque, as oposições tendo ao lado ministros bolsonaristas, caso do próprio Rogério Marinho e Fábio Faria, e o pai, ex-governador Robinson Faria, candidato a federal e que deixou quatro folhas salariais do funcionalismo público estadual em atraso, tende a ficar sem discurso ou com um discurso negativista, lembrando que Lula está disparado nas pesquisas de intenção de voto no Rio Grande do Norte e a governadora Fátima Bezerra, candidata a reeleição, lidera também com folga, ambos petistas.
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