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A Lava Jato passada a limpo

Nos últimos dias os procuradores da Lava Jato, sobretudo, os que fazem a “República de Curitiba” juntamente com o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, Sergio Moro, se viram em apuros depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, declarou que “é hora de corrigir rumos para que o lavajatismo não perdure”.

Aras disse ainda que a sua gestão a frente da PGR visa a acabar com o “punitivismo” do Ministério Público e que não pode existir “caixa-preta” no MP. E mais: “não podemos aceitar processos escondidos da Corregedoria. Temos 50 mil documentos invisíveis. E a corregedoria vai apurar os responsáveis por isso. Na multidão, perderam-se processos, metodologia que atenta contra publicidade”, afirmou o procurador-geral da República
ao participar de um debate virtual, promovido por um grupo de advogados.

O procurador-geral entrou em atrito com a força-tarefa após a chefe da Lava Jato na PGR, Lindôra Araújo, se dirigir a Curitiba com o objetivo de acessar dados  [1]de investigações. Não se sabe se a pedido de Bolsonaro ou não, fato é que atingiu Moro. Como bem disse o deputado
Alexandre Padilha (PT-SP), “a lava-jato é um dos maiores casos de utilização da justiça como forma política. Sérgio Mouro se utilizou da operação para se levantar politicamente e ganhar um Ministério do governo fascista de Bolsonaro. Não devemos nos esquecer que ele fez parte do governo e ajudou a criá-lo”.

Resta saber agora se o Supremo vai julgar e aprovar a suspeição de Sérgio Moro, então juiz da Lava Jato que mandou prender o ex-presidente Lula para evitar sua candidatura à Presidência da República.

A bem da verdade a Lava Jato já vinha sofrendo um processo de desgaste desde as primeiras denúncias do site The Intercept Brasil, que vazou diálogos entre os procuradores da “República de Curitiba” e o então “todo-poderoso” juiz Sérgio Moro, até hoje não desmentidos, questionados sim, mas desmentidos não.

O Livro das Suspeições que reúne 34 artigos originais de juristas e advogados que atuaram na “lava jato” mostra a verdade. Os autores examinam os detalhes da operação e mostram como, em vários momentos, o então juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa assumiram uma postura parcial ou faltaram com a isenção. A proposta do livro é levar a história dos bastidores da “Lava Jato” para além da comunidade jurídica, apontando os fatos que estiveram por trás de uma operação que, sob o pretexto da moralidade, alterou profundamente os rumos da política brasileira. Clique aqui [2] para ter acesso online à obra.

Mais cabuloso ainda é o fato de que procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba comemoraram a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que suspendeu a decisão do ministro Dias Toffoli que determinava o compartilhamento de dados da Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo com a Procuradoria Geral da República (PGR). 

O que a Lava Jato afinal quer esconder? Por que não querem entregar os dados para a PGR? Por que recorreram ao STF?

A conferir!

Imagem reproduzida da Internet


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