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A Petrobras é a raiz do golpe

Está no Jornal GGN

por Andre Araújo

Não há nenhuma grande petrolífera estatal à venda no mundo e elas são 13 das 20 maiores empresas globais de petróleo. Especialmente não há nenhuma estatal petroleira à venda com grandes reservas de petróleo. E muito menos há estatais à venda com reservas de petróleo no Hemisfério Ocidental.

Nesse sentido a Petrobras  é única. Não só tem as reservas como tem os meios de extrai-la já prontos,  ganha-se três anos que levaria para explorar um campo virgem. Nesse quadro a Petrobras é o objetivo estratégico numero 1 na área de petróleo, especialmente com a elevação do nível de conflitos no Oriente Médio. Nada melhor que um governo frágil para permitir a execução desse projeto de privatização que já começou com a venda de ativos estratégicos da empresa, como oleodutos e a BR Distribuidora, já se anuncia a venda de refinarias, uma empresa em liquidação, a venda final será do pré-sal.

A assunção do grupo Temer ao poder só foi possível com o aval do “mercado”. O preço foi a entrega da totalidade da área econômica a delegados do mercado, Meirelles e Goldfajn na linha de frente, Paulo Pedrosa no Ministério de Minas e Energia, Maria Silvia no BNDES, Wilson Ferreira na Eletrobras.

Mas a base ideológica do golpe foi o compromisso das privatizações dos dois maiores ativos do Estado brasileiro, a Eletrobras, prometida à venda por 12 bilhões de Reais para ativos físicos que valem 400 bilhões de Reais e a Petrobras , que vale só pelas suas reservas 350 bilhões de dólares, sem considerar o valor do mercado brasileiro do qual ela é a única fornecedora (até Parente abrir a importação para concorrentes), mais as refinarias, oleodutos, navios, enormes bases de distribuição, tancagem, apesar de boa parte desses bons ativos terem sido vendidos com sofreguidão pela desastrosa gestão Parente.

Uma das bases dessa gestão foi a lenda da Petrobras quebrada, que já mostramos aqui em  dois artigos, pura lenda, a Petrobras lançou seis emissões de bônus no periodo de dois anos antes da gestão Parente, o mercado internacional fez ofertas para compra de três a cinco vezes mais que a oferta, houve inclusive uma emissão de cem anos de prazo, também com demanda muito maior que a oferta, o que jamais ocorreria com uma empresa que mesmo remotamente estivesse com problemas financeiros. Essas emissões tiveram como líderes mega bancos internacionais como J.P. Morgan, Deutsch, Bank e Morgan Stanley, que jamais patrocinariam emissão de bônus em dólar de uma companhia quebrada.

Esses dois ativos, Eletrobras e Petrobras valem dez golpes., especialmente com preços de fim de feira, especialidade de gestão tipo Pedro Parente.

Foto reproduzida da Internet

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