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A Polícia Federal afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era o principal destinatário do resultado de “ações clandestinas” na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A conclusão dos investigadores está no relatório final da Polícia Federal que investiga a chamada “Abin paralela”, um esquema de monitoramento e espionagem de políticos, autoridades e jornalistas que eram considerados adversários do governo Jair Bolsonaro.
Nesta quarta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo do documento, que tem mais de 1,2 mil páginas. A PF indiciou mais de 30 pessoas. O indiciamento não significa que os citados são culpados pelos crimes, mas que há elementos de que eles possam ter cometido condutas ilegais.
As ações clandestinas e a instrumentalização da Abin teriam sido dirigidas pelo hoje deputado Alexandre Ramagem (PL), que chefiou a agência de inteligência na gestão do ex-presidente.
A PF disse que há “evidências que corroboram a concorrência do então Presidente da República das ações delituosas perpetradas na Abin”.
“Os eventos destacados ao longo da investigação, ainda, demonstram que as ações eram realizadas para obtenção de vantagens precipuamente do núcleo político. As ações clandestinas, portanto, tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse deste núcleo com ataques direcionados a adversários e ao sistema eleitoral dentre outros”, afirmou.
Foto reproduzida da Internet