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Antes de fake news bolsonarista sobre fechamento de igrejas, Lula crescia em votos evangélicos

por Laís Gouveia, no BraSIL 247

Ao que tudo indica, o gabinete do ódio elegeu a fake news de que Lula irá perseguir evangélicos como a nova “mamadeira de piroca” destas eleições. 

Até maio de 2022, não havia qualquer citação bolsonarista a respeito da nova fake news, mas o quadro mudou radicalmente após vir à tona uma pesquisa que abateu em cheio o núcleo nervoso bolsonarista. 

Pesquisa  PoderData  (registro no TSE é BR-05638/2022) divulgada no dia 25 daquele mês destacou: “A nova rodada da pesquisa PoderData mostra que Bolsonaro ainda lidera entre os evangélicos, mas viu a sua vantagem para o ex-presidente Lula diminuir para 13 pontos percentuais.”A pesquisa ainda indicou que “o ex-capitão soma 46% das intenções de voto no segmento para o primeiro turno das eleições de 2022. Já o petista tem 33%. Na pesquisa anterior, realizada de 8 a 10 de maio, Bolsonaro aparecia com 52% entre os evangélicos.”

Após o alerta, as fake news foram instantâneas. Michelle Bolsonaro usou seu instagram para compartilhar uma imagem de Lula com uma mãe de santo, dizendo que o petista possui “um pacto com diabo”. 

Marcos Feliciano seguiu o scritpt e confessou publicamente que propaga em seus cultos que Lula pretende fechar igrejas evangélicas. A contradição do empresário veio à tona nesta quinta-feira, quando um vídeo do próprio afirmando que Lula nunca fechou uma igreja, durante a campanha para eleger Dilma Rousseff em 2010, viralizou nas redes. 

Bolsonaro seguiu a linha de ataque e usou suas redes oficiais para divulgar a fake news grotesca de que Lula persegue religiões e quer fechar igrejas.Vale lembrar que, durante sua gestão, Lula oficializou o Dia da Marcha para Jesus e sancionou a Lei pela Liberdade Religiosa.

Voto evangélico é fundamental para Bolsonaro

O setor  é nevrálgico para ele. Tal segmento foi fundamental para eleger Bolsonaro em 2018, que conta com figuras como Silas Malafaia e Marco Feliciano como principais aliados. 

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada após o pleito eleitoral daquele ano, mais de 21 milhões de evangélicos votaram em Bolsonaro para presidente. 

Embora se declare católico, em 12 de maio de 2016, Bolsonaro se deixou batizar nas águas do rio Jordão (onde diz a Bíblia que Jesus teria sido batizado). A cerimônia de batismo foi realizada pelo Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC que foi preso em 2020 com  seus dois filhos, Filipe Pereira e Laércio Pereira, na Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do cargo do governador Wilson Witzel (PSC-RJ). Ele foi solto em 2021.

Foto reproduzida da Internet

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