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Ao menos 64 corpos são levados por moradores para praça na Penha; total de mortos após megaoperação chega a 128

Está no g1

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro [1], levaram pelo menos 64 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29), o dia seguinte à operação mais letal da história do RJ [2].

O governo do RJ afirmou nesta terça-feira (28) que 60 criminosos foram mortos durante a megaoperação na Penha e no Alemão — outros 4 policiais também morreram [3]. A princípio, os corpos levados à praça não foram contabilizados no balanço oficial de mortes, informou o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, nesta quarta.

Haverá uma perícia para confirmar se há relação entre essas mortes e a operação.

Se realmente se tratar de novos óbitos, o total de mortes pode ultrapassar 100.

Reconhecimento na praça

g1 [4] apurou ainda que os corpos, todos de homens, estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.

O ativista Raull Santiago é um dos que ajudaram a retirar os corpos da mata. “Em 36 anos de favela, passando por várias operações e chacinas, eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido”, disse.

Segundo apurou o g1 [4], o objetivo do traslado dos corpos até a praça foi para facilitar o reconhecimento por parentes. Moradores os deixaram sem camisa para agilizar esse processo, a fim de deixar à mostra tatuagens, cicatrizes e marcas de nascença – alguns estavam com o rosto desfigurado.

Depois, a Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para o reconhecimento oficial ocorrerá no prédio do Detran localizado ao lado do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, a partir das 8h.

Nesse período, o acesso ao IML será restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público, que realizam os exames necessários. As demais necropsias, sem relação com a operação, serão feitas no IML de Niterói.

Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil

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