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A ofensiva dos Estados Unidos contra o Irã, marcada por bombardeios às três principais instalações nucleares do país persa, ampliou a tensão no Oriente Médio e gerou incertezas quanto ao paradeiro de cerca de 400 quilos de urânio enriquecido. A operação militar americana — batizada de “Martelo da Meia-Noite” — foi a primeira ação direta do governo do presidente Donald Trump desde sua entrada formal na guerra, e ocorre em um momento de elevada instabilidade geopolítica.
Segundo informações obtidas pelo Valor Econômico [1], que teve como base fontes diplomáticas e reportagens do The New York Times e da agência Reuters, há suspeitas de que o regime iraniano, antecipando-se a uma escalada militar, tenha removido parte de seu material nuclear dos complexos atacados. Autoridades israelenses com acesso à inteligência da operação afirmam que os iranianos podem ter transferido equipamentos e insumos nucleares, incluindo o urânio enriquecido a 60%, para locais ainda não identificados. Essa concentração de urânio é apenas um passo abaixo dos 90% necessários para a produção de armas nucleares.