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Após se entregar na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, localizada na região portuária da cidade, o miliciano Zinho [1] deve realizar uma delação premiada, apontam fontes ouvidas pela Folha de S.Paulo na segunda-feira (25).
De acordo com investigadores ouvidos pelo jornal, a expectativa é que ele faça uma delação premiada. No acordo, o miliciano deve entregar nomes de empresários, políticos e policiais que tenham envolvimento com a milícia.
Apontado como líder da maior milícia do estado, o Bonde do Zinho ou Milícia do CL, como é também conhecida, Luís Antônio da Silva Braga está preso na Penitenciária Laércio Costa da Silva Pelegrino, ou Bangu 1, de segurança máxima [2].
Nas últimas semanas as autoridades policiais realizaram diversas operações com o intuito de prender Zinho, que tem 12 mandados de prisão em seu nome por crimes que vão desde homicídio a lavagem de dinheiro.
De acordo com o portal G1, há 1 semana a equipe de defesa legal de Zinho entrou [3] em contato com a recém criada Secretaria Estadual de Segurança Pública para negociar a rendição do suspeito aos agentes da Polícia Federal.
Parte da operação de desmantelamento a organização de Zinho levou também ao afastamento de Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), Lucinha, de seu cargo como deputada estadual. Ela é apontada como o braço político de Zinho e teria usado sua influência para alertá-lo de operações e realizar troca de comandos em batalhões que combatiam sua quadrilha.
Ouvidos pela equipe de reportagem da Folha, policiais afirmaram [4] que dentre os motivos que levaram Zinho a se entregar estão o cansaço da fuga constante e questões familiares.
O governo do estado do RJ tem trinta dias para solicitar a transferência de Zinho para outra unidade de segurança máxima para fora do estado. Se isso não ocorrer, ele será transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa, dedicada exclusivamente para milicianos. Atualmente a unidade conta com 500 presidiários, alguns dos quais são suspeitos de integrarem a facção de Zinho.