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As lágrimas de crocodilo de quem não chorou pela morte de Marielle e pelos mais de 700 mil mortos por Covid

por Carlos Alberto Barbosa

Chega a patético ver o senador Rogério Marinho (PL-RN) chorar
durante audiência pública proposta pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) na Comissão de Segurança Pública do Senado para defender os bolsonaristas presos após os atos terroristas de 8 de Janeiro. Aliás, Rogério Marinho já havia prestado solidariedade aos “patriotas” presos na Papuda. Em nota, ainda em fevereiro, o líder da oposição no Senado afirmou que a ida dos detentos após os ataques causou superlotação no presídio. Aí é pra rir não chorar.

Da mesma forma patético é ver o jornalista cearense Wellington Macedo, suspeito de participar do plano de George Washington e Alan Diego Rodrigues dos Santos, para explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília chorar copiosamente ao prestar depoimento à Justiça. Detalhe: Wellington segue foragido e prestou seu depoimento por meio remoto.

Lágrimas de crocodilo! Não vi e não soube que tanto o senador Rogério Marinho quanto o jornalista Wellington Macedo tenham derramado lágrimas quando dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes . Tampouco se tem notícias de que os dois bolsonaristas tenham chorado quando da morte de 700 mil brasileiros e brasileiras por Covid-19, dos quais ao menos 300 mil por negligência do governo Bolsonaro na sua insistência ao negacionismo da ciência com relação a aplicação das vacinas.

As lágrimas de crocodilo só devem ter comovido os familiares e amigos dos dois e, claro, os bolsonaristas de plantão. Marinho, por exemplo, ao ter a palavra fez biquinho e começou a chorar. Aos prantos, foi consolado pelo pai, Valério Marinho, e pelo colega Magno Malta (PL-ES).

Já Wellington Macedo, que trabalhou por 11 meses no Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, de Damares Alves, e que
chorou copiosamente durante o depoimento, disse ser evangélico e que passou a “orar muito” desde os acontecimentos. Vai ter que orar muito na cadeia.

Aliás, o senador Rogério Marinho, “o ministro todo queridinho de Bolsonaro”, quando o capitão for preso deve derramar rios em prantos. O jornalista Wellington Macedo, que desonra a classe se prestando ao papel de terrorista, deveria tá guardando as lágrimas para quando for em cana.

Imagem reproduzida da Internet

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