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Ataque a Vini Jr. é `lembrete gritante´ do racismo no futebol, diz agência da ONU

Está no g1

Os ataques racistas ao jogador brasileiro Vinicius Jr durante um jogo em Valência, na Espanha [1], são um “lembrete gritante” do racismo que ainda existe no esporte, disse nesta quarta-feira o alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU [2]) para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Turk pediu às entidades organizadoras de eventos esportivos mais estratégias para prevenir e combater episódios de racismo. Pediu que os governos também se envolvam. “E precisamos começar ouvindo esportistas afrodescendentes”, disse.

“Eles (a Espanha) começaram a prender pessoas de forma muito rápida, mas também precisamos que quem organiza eventos esportivos leve essa questão muito a sério”, disse. “Está mais do que óbvio que precisamos olhar para a questão dos direitos humanos de uma forma mais ampla”.

O comissário da ONU anunciou ainda que vai elaborar um guia com protocolos para evitar e agir em casos de ataques racistas em eventos esportivos em geral.

Vinícius Jr. voltou a ser alvo de ataques racistas no domingo (21) durante um jogo de seu time, o Real Madrid, contra o Valencia, no estádio Mestalla, em Valência, no sudeste da Espanha.

A partida chegou a ser interrompida após o brasileiro apontar torcedores que o ofenderam. Quando o jogo foi retomado, os jogadores se envolveram em uma confusão. Um deles, do Valencia, deu um mata-leao em Vinicius Jr., que, ao se desvencilhar, acertou o adversário no rosto.

O brasileiro foi expulso, mas, na terça-feira (24), o cartão vermelho foi anulado, e parte da comissão técnica do jogo, demitida.

O caso gerou uma comoção mundial. O presidente da LaLiga, Javier Tebas, a entidade que organiza o principal campeonato espanhol, minimizou o episódio e criticou Vinicius Jr. por reclamar que a liga fazia pouco em casos do tipo.

Depois da repercussão, no entanto, o governo espanhol condenou o episódio e as falas de Tebas, e a polícia espanhola prendeu sete pessoas envolvidas em ataques racistas e crimes de ódio contra Vinicius Jr. Três delas responderão em liberdade.

Foto reproduzida da Internet

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