Política

Banimento de Flávio Bolsonaro do Whatsapp pode ser indício direto de envolvimento da família com a fraude

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O Whatsapp informou à Folha de S. Paulo que baniu as contas associadas à fraude denunciada pelo diário conservador paulistano na edição de ontem.

Além disso, a plataforma enviou notificação extrajudicial às agências de marketing digital apontadas pela reportagem como facilitadoras da disseminação de conteúdo anti-PT: Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market.

De acordo com denúncia da jornalista Patrícia Campos Mello, um número ainda indeterminado de empresários pagou pelo conteúdo pró-Bolsonaro. O valor mencionado foi de ao menos R$ 12 milhões.

O PT pediu investigação à Polícia Federal e a campanha de Fernando Haddad quer tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos — se a denúncia for comprovada.

O financiamento empresarial está banido das eleições, por determinação do STF. O candidato que recorrer a ele pode ser acusado de abusar do poder econômico.

A disseminação de notícias falsas também pode ser penalizada.

A lei eleitoral permite que candidatos utilizem o WhatsApp, mas apenas com números de telefone cadastrados pelas próprias campanhas.

Porém, de acordo com a denúncia da Folha, as empresas dispararam mensagens a granel para listas de números obtidas no mercado de informação — o que é ilegal.

Citando uma reportagem da revista Piauí, Fernando Haddad disse que Bolsonaro manteve contato com empresários e não pediu doações eleitorais diretamente à sua campanha, mas o financiamento do esquema no Whatsapp.

Petistas atribuem à distribuição de milhões de mensagens a contínua ascensão de Bolsonaro na campanha de primeiro turno, além de reviravoltas eleitorais em estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Militantes também querem saber se candidatos do PT ao Senado foram prejudicados pelo Zapgate.

Um dos citados na reportagem da Folha, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, negou ter financiado o disparo das mensagens e disse que vai processar o jornal.

Na notificação extrajudicial às empresas, o Whatsapp determinou que elas deixem de utilizar o esquema no segundo turno — de acordo com a reportagem, um novo bombardeio estava previsto para a semana final de campanha.

A plataforma não informou quais contas relacionadas às empresas foram banidas.

Porém, no twitter, o senador eleito Flávio Bolsonaro (foto), do PSL do Rio, disse que sua conta no Whatsapp tinha sido bloqueada.

“A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação!”, escreveu.

O banimento do filho de Jair Bolsonaro pela plataforma pode ser o primeiro indício direto do envolvimento da família com a fraude.

Foto reproduzida da Internet

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