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As principais bolsas de valores da Europa encerraram o pregão desta quarta-feira (9) em forte queda, refletindo o agravamento da guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos. As tarifas adicionais impostas por Washington na semana passada entraram em vigor nesta data, elevando a taxação sobre produtos chineses em até 104%.
Em resposta, o governo de Pequim anunciou que aumentará suas próprias tarifas contra os EUA para 84% a partir desta quinta-feira (10). A União Europeia, por sua vez, aprovou uma primeira rodada de tarifas retaliatórias, que entrarão em vigor em 15 de abril. Um segundo pacote de medidas está em elaboração e deve ser divulgado nos próximos dias.Play Video
Nessa linha, segundo o Estadão Conteúdo [1], o movimento de aversão ao risco derrubou os índices acionários em diversas bolsas do continente europeu. Em Londres, o FTSE 100 recuou 2,92%, encerrando aos 7.679,48 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 3,34%, a 6.863,02 pontos. O Ibex 35, de Madri, teve baixa de 2,43%, fechando em 11.773,55 pontos.
O PSI 20, de Lisboa, recuou 2,85%, a 6.253,96 pontos, enquanto o FTSE MIB, de Milão, perdeu 2,75%, encerrando aos 32.730,57 pontos. Já em Frankfurt, o DAX cedeu 3%, chegando a 19.670,88 pontos — a formação de um novo governo na Alemanha acabou ofuscada pelas preocupações econômicas. Os dados, de acordo com a reportagem, são preliminares.
O setor bancário europeu foi um dos mais atingidos pela tensão comercial. Entre as maiores quedas do dia estiveram as ações do Danske Bank (-5,62%), Julius Baer (-5,23%), Barclays (-4,88%) e UBS Group (-4,86%). O segmento de saúde também sentiu os impactos, com o índice do setor no Stoxx 600 recuando 5,85%, atingindo o menor patamar desde outubro de 2022. A queda veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, prometer a imposição de novas tarifas sobre medicamentos produzidos no exterior.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 3,51%, aos 469,84 pontos, acumulando desvalorização de 15% em relação à sua máxima histórica.
Outro segmento penalizado foi o de bens de luxo. Com os mercados globais abalados pela instabilidade e o temor de uma retração no consumo, empresas do setor enfrentam revisões negativas de suas projeções.