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Um homem, identificado como Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, foi assassinado na noite de quarta-feira (7), com golpes de faca e machado, durante uma discussão por questões políticas. Ele era apoiador do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula [1] da Silva (PT [2]). O autor do crime, Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, é apoiador do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro [3] (PL [4]). As informações são da Polícia Civil.
O crime aconteceu em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa [5], cidade a 1.160 km da capital Cuiabá. Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, os dois homens trabalhavam juntos no corte de lenha em uma propriedade e, na noite de 7 de setembro, começaram a discutir sobre política.
“O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e, o autor defendendo o Bolsonaro”, diz o delegado Victor Oliveira.
Segundo a Polícia Civil, Bendito deu um soco no rosto de Rafael e, em seguida, pegou uma faca. O autor do crime, então, partiu para cima da vítima e tomou para si a arma branca.
Ainda conforme a versão apresentada pelo delegado, Bendito teria corrido e Rafael o perseguiu e começou a golpeá-lo pelas costas. A vítima teria ficado caída no chão e o autor, aproveitado para acertá-la com golpes na olho, pescoço e testa. Segundo o delegado, o autor disse que foram amo menos 15 golpes.
De acordo com o delegado, Rafael foi até um barracão pegar um machado, foi até Bendito, que ainda estava vivo, e o acertou no pescoço.
O autor escondeu as armas do crime e foi andando até a cidade de Confresa, chegou ao hospital e solicitou atendimento médico, pois estava com um corte na mão e outro na testa. Ele alegou que tinha sido vítima de uma tentativa de roubo.
O suspeito foi encaminhado para a delegacia para prestar depoimento e confessou o crime. O suspeito foi preso em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil e motivo cruel e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
Os policiais encontraram a faca e o machado e outros elementos que apontavam para o suspeito no local do crime.
Decisão
Na decisão para a prisão preventiva [6] do autor, o juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra Mendes, da 3ª Vara de Porto Alegre do Norte, disse que “a intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie”, afirmou.
Ainda conforme o juiz, a nossa sociedade se baseia em uma Estado Democrático de Direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais, isso torna mais reprovável a conduta de Rafael.
Morte de petista no Paraná
Em 9 de julho, o petista Marcelo Aloizio de Arruda, [7]de 50 anos e pai de quatro filhos, foi morto a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Jorge José da Rocha Guaranho [8], em Foz do Iguaçu (PR).
Arruda comemorava o seu aniversário com temática do PT em uma associação esportiva da cidade, quando Guaranho entrou com seu carro no local gritando “Aqui é Bolsonaro”. Após discussão, o bolsonarista baleou Arruda, que morreu após ser socorrido.
A Polícia Civil do Paraná concluiu inquérito e não houve motivação política para o crime [9] e o indiciou por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum. Em 10 de agosto, Guaranho recebeu alta hospitalar e posteriormente foi preso e levado para penitenciária de São José dos Pinhais.
Fiel foi baleado por PM durante briga por política
Em Goiânia [10], um policial militar atirou em um homem depois de discussão política [11]dentro de uma igreja da Congregação Cristã no Brasil, no dia 31 de agosto.
Segundo familiares de Davi Augusto de Souza, ele questionou o fato de a igreja distribuir um texto para os fiéis não votarem em candidatos que atuam pela “desconstrução das famílias”.
Após discussão, o PM Vitor da Silva Lopes o atingiu com o tiro na perna. O policial alegou que foi atacado por Davi e seus familiares e teria atirado na perna do homem para se defender.