O presidente Jair Bolsonaro (PL), vendo que sua reeleição está comprometida, podendo perder já em primeiro turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apela agora para o eleitorado feminino que detém 52% de todo o universo de eleitores no país. Para isso sua campanha no rádio e na televisão usa até a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, para tentar sensibilizar às mulheres de que seu marido fez muito por elas.
Difícil é convencer as mulheres principalmente àquelas que não acreditam que Bolsonaro mudou o seu comportamento. Senão vejamos: no primeiro debate com os presidenciáveis realizado pela Band foi grosseiro e deselegante com a jornalista Vera Magalhães e com a candidata Simone Tebet (MDB).
Não esqueçamos que Jair Bolsonaro já falou que já teve quatro filhos homens e que no quinto “fraquejou” e foi pai de uma menina. Também disse que “mulher deve ganhar salário menor porque engravida”, e a mais absurda: “não te estupro porque você não merece”, faltando com o decoro parlamentar ao se dirigir a deputada Maria do Rosário (PT-RS). (A foto deste texto ilustra o momento desrespeitoso de Bolsonaro, enquanto deputado federal, com Maria do Rosário)
Bolsonaro tem em seu currículo político, portanto, várias maneiras de desqualificar as mulheres. E ainda quer o voto feminino para se reeleger.
Mas Bolsonaro não extrapola só com as mulheres. Jair Messias Bolsonaro, que tinha como ídolo o coronel Ulstra – já falecido -, conhecido como o maior torturador da ditadura militar, disse certa vez que “o erro da ditadura foi torturar e não matar”. Também para Bolsonaro “é melhor ter menos direitos trabalhistas do que perder o emprego”. Já o seu comportamento homofóbico lhe permite dizer que “seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”.
Além da desastrosa política econômica do seu governo, do aumento do desemprego, da alta nos preços dos alimentos, da fome, da miséria gritante, do desmatamento da Amazônia, da política do toma-lá-da-cá, Bolsonaro é machista, misógino e homofóbico. Se faltou mais algum adjetivo, que os leitores me perdoem.
Tá explicado o porquê do eleitorado de Bolsonaro só se concentrar em 30% da população, aquele mesmo percentual que atendeu o seu chamamento no dia 7 de Setembro.
Foto reproduzida da Internet