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Bolsonaro sabe muito bem o que fez no “verão passado”. Não a sua anistia!

Jair Messias Bolsonaro fugiu para a terra do Tio San antes de terminar o seu mandato, não só com receio de ser preso pelas atrocidades que seu governo cometeu contra a humanidade – caso da negligência em aplicar vacinas contra a covid-19 levando a morte centenas de milhares de brasileiros e brasileiras, como o genocídio cometido contra os indígenas Yanomami, mas também para articular um possível retorno seu ao poder.

Se iludem aqueles que pensam que Bolsonaro está nos Estados Unidos para passear. Não, caro leitor (a). As agendas de Bolsonaro nos Estados Unidos não são somente um misto de férias com passeios por supermercados e lojas, encontros sem significado maior e eventos com a extrema direita evangélica. Equívoco pensar assim.

Bolsonaro tem feito articulações nos Estados Unidos com a extrema direita de todo tipo, evangélica ou não. Não nos esqueçamos que Steve Bannon, guru global da nova direita populista mora nos Estados Unidos. O ex-estrategista de Donald Trump saiu em defesa dos terroristas bolsonaristas na invasão ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, no dia 8 de janeiro.

Foi Steve Bannon, estrategista do ex-presidente americano que organizou a campanha de desinformação nos Estados Unidos e no Brasil, usando as redes sociais e que levou as eleições de Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Agora surge a informação de que o canal Fox News divulgou no domingo (26) uma pesquisa que aponta ampla liderança do ex-presidente dos EUA Donald Trump na primária do Partido Republicano. A eleição para a presidência do país será realizada daqui um ano. 

Isso, de certa forma, alimenta a ideia de Jair Bolsonaro voltar ao poder no Brasil também, tendo em vista que o seu principal aliado na extrema direita mundial é o ex-presidente americano. Não à toa Bolsonaro está nos Estados Unidos.

A data de volta de Bolsonaro ao Brasil é incerta. Ele disse por duas vezes em meados de fevereiro que pretendia voltar ao Brasil nas próximas semanas. Ao jornal americano The Wall Street Journal ele afirmou que deve retornar em março. Não está claro se é uma estratégia diversionista ou apenas incerteza e receio do ex-presidente.

Entre aliados, existe expectativa de que ele aguarde a emissão do visto nos EUA para então definir quando deixar o país. Bolsonaro não tem mais o  visto diplomático, expirado. Ele pode viajar internamente pelos EUA, mas se sair do país antes de obter o visto de turista, não poderá retornar ao país, e receia que isso aconteça.

Há expectativa de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torne Jair Bolsonaro inelegível por abuso de poder. Tramita na corte uma ação da
Coligação Brasil da Esperança, reunida em torno da candidatura de Lula (PT), que acusa o ex-mandatário de usar a estrutura da Presidência e o cargo para se promover durante a campanha de 2022. Contudo, isso é pouco para Jair Bolsonaro. Se ficar somente na inelegibilidade Bolsonaro sai no lucro.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou ao jornal Estado de S. Paulo que não há motivo – ainda – para prender Jair Bolsonaro (PL). Por outro lado, o ministro afirmou que o ex-ocupante do Palácio do Planalto está com medo de ir para prisão, e “quem deve, teme”.

“Sabe Deus o que essa gente fez. Então, quando os aliados dele dizem que ele está com medo de ser preso, é porque eles sabem alguma coisa que a gente não sabe ainda. Assim como quem não deve não teme; quem deve teme. Então eles devem saber o que eles fizeram no verão passado. Bolsonaro e os seus sabem o que fizeram no verão passado para ter tanto medo. Eu não sei o que vai aparecer ainda”, declarou.

Portanto, Jair Messias Bolsonaro sabe muito bem o que fez no verão passado. Não a sua anistia!

Foto reproduzida das redes sociais

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