A quem interessa um cataclismo social no Brasil? À direita, à esquerda, às forças ocultas que agem no submundo dos poderes travestidos de paladinos da moralidade? Vejo um Brasil hoje dividido literalmente e isso é bastante preocupante, pois que a sociedade cada vez mais está sendo incitada, seja pela mídia seja pelas redes sociais a ir às ruas travar uma espécie de batalha. Isso não é bom para a democracia.
Tenho visto comentários até de jornalistas e nas redes sociais que incitam o acirramento. Alguém está atrás de um cadáver pra chamar de seu. O jornalista Ricardo Noblat chegou a escrever em seu blog que “desde que Lula foi conduzido para depor à Lava-Jato na última sexta-feira, a temperatura política do país só faz subir por obra e graça dos que apostam no pior. Há radicais por toda parte, de todos os lados.” Devo concordar com ele.
O clima de beligerância que tomou conta do país assusta. Outro dia fui obrigado a deixar um grupo nas redes sociais, porque a coisa estava ficando insustentável. E aí para não criar inimizades com amigos que conheço há 20, 30 anos achei por bem abandonar o grupo até que a “normalidade” se restabeleça no nosso Brasil.
Já falei sobre assunto em outras oportunidades, mas não custa sempre repetir: posso discordar de quem pensa diferentemente de mim, mas nem por isso me dou o direito de agredi-la. Talvez com argumentos fortes essa pessoa que discorda do meu pensamento pudesse me convencer do contrário, pois que com agressões só fortalece os meus argumentos.
Temo uma convulsão social no Brasil com o acaloramento dos ânimos. Muitos dirão que é exagero meu. Qual nada, nunca vi tamanha ira de ambos os lados – dos que defendem o PT e Lula e os que são contrários – em mais de 30 anos de jornalismo, dos quais mais da metade cobrindo política. Queira Deus está equivocado!
Fato é que o nosso país se tornou o país da intolerância. Lamento ter que dizer isso, mas essa é a leitura que faço como cidadão e jornalista.
Ressalto que tenho as minhas posições políticas como qualquer cidadão deve ter, mas recuso a utilizar o meu blog como ferramenta de incitação à violência. Isso não é certo. Se alguém está a procura de um cadáver pra chamar de seu, certamente essa pessoa não sou eu.
Aguardemos domingo, dia 13. A conferir!
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