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Começa a fazer água a pré-candidatura de Rogério Marinho ao Senado

por Carlos Alberto Barbosa

Posso até está enganado, mas acho que a pré-candidatura do ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), ao Senado, começa a fazer água. Sem um candidato a governador que possa chamar de seu e lhe servir de escada para o seu projeto político, e agora sem a pasta para fazer proselitismo político, Marinho vai ter que arranjar muito “trator” – sem trocadilho – para sustentar a sua pré-candidatura.

Somado a isso, a decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu, nesta terça-feira (5), manter uma ação penal contra o ex-ministro de Bolsonaro por peculato (apropriação de bem público). O caso envolve a suposta contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Natal, entre 2005 e 2007 – período em que Rogério Marinho ocupou a presidência da Casa Legislativa.

Os ministros julgaram um recurso da defesa de Marinho que pedia o encerramento da ação penal.

Bom que se diga que a investigação começou a partir de uma lista apreendida durante uma operação policial. O documento trazia cerca de 900 pessoas que teriam cargos na Câmara. Cada nome tinha ao lado o nome do suposto padrinho.

Ah, antes que esqueça: o Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir também investigação para avaliar se os ex-ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do Turismo, Gilson Machado, cometeram atos de improbidade administrativa. A apuração foi aberta pelo procurador da República Paulo de Carvalho a partir de uma representação da deputada Natália Bonavides (PT), que citou fatos revelados em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a denúncia publicada no Estadão, o ministro aproveitou-se do “orçamento secreto” para indicar a destinação de R$ 1,4 milhão do orçamento da União para a realização de uma obra que o beneficia diretamente, sendo um mirante turístico a 300 metros da propriedade onde o próprio investigado construirá um condomínio privado.

Portanto, há de se dizer que nenhum político gostaria de tá na situação em que Rogério Marinho se encontra hoje. Praticamente isolado, com uma pré-candidatura ao Senado que foi decidida pelo presidente Jair Bolsonaro, preterindo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que tinha pretensões também de concorrer à senatória pelo Rio Grande do Norte, inclusive, figurando melhor nas pesquisas de intenção de voto do que Rogério Marinho, o “queridinho de Bolsonaro”, está numa situação difícil.

Rogério Marinho, além dos percalços que tem encontrado para viabilizar a sua candidatura ao Senado, carrega sobre os ombros o fato de ter sido relator da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores. O eleitor não esquece isso.

Talvez e certamente pelas narrativas elencadas no texto, nenhum dos nomes “rifados” para ser o seu candidato a governador contra à governadora Fátima Bezerra (PT), candidata a reeleição, não tenham aceito participar de um palanque bolsonarista.

A conferir!

Foto reproduzida da Internet

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