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O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli [1], afirmou nesta segunda-feira (29) que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro [2] e que, no encontro, Bolsonaro fez questionamentos sobre o currículo dele.
Em entrevista na porta do ministério após o encontro com o presidente, Decotelli negou que tenha cometido plágio na dissertação do mestrado. Questionado se continuará no cargo, respondeu que sim.
Carlos Alberto Decotelli foi anunciado na semana passada [3] e, desde então, surgiram três polêmicas [4]:
- denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
- declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
- e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.
Em meio a esse cenário, a posse dele no cargo, prevista para esta terça (30), foi adiada pelo governo [5].
“Ele [Bolsonaro] queria saber detalhes sobre a minha vida de 50 anos como professor em todas as entidades do Brasil. Então, ele pegou a estrutura de detalhes, a estrutura de trabalhos no Brasil, Norte, Sul, Leste, Oeste, 40 anos de trabalho na Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Ibmec”, declarou.
De acordo com o ministro, o presidente quis saber o “lastro de vida” dele como professor”.
“Ele [Bolsonaro] perguntou: ‘Como é essa questão de detalhe acadêmico e doutorado, pós-doutorado, pesquisa de mestrado? Como é essa estrutura de inconsistência?’. Ele queria saber o que é isso, então, eu expliquei a ele”, acrescentou.
Segundo o ministro da Educação, Bolsonaro disse que o assunto do doutorado está “resolvido”.
Sobre a denúncia de plágio no mestrado, o ministro respondeu: “É possível haver distração? Sim, senhora. Hoje, a senhora tem mecanismos para verificar, softwares, se a senhora teve ou não inconsistência. Mas naquela época, pela distração…”.
Nesse instante, o ministro foi questionado: “Não houve plágio, então, ministro?”, e Decotelli respondeu: “Não houve plágio porque o plágio é considerado quando o senhor faz ‘control C, control V’. E não foi isso.”
Foto: Reprodução/GloboNews