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Defesa de Bolsonaro pede que ele seja internado para cirurgia nesta quarta, véspera de Natal

Está no g1

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente seja transferido da sede da Polícia Federal, em Brasília, onde está preso, e internado nesta quarta-feira (24) em um hospital particular na capital federal para fazer uma cirurgia.

Após o pedido, a Procuradoria-Geral da República tem prazo de 24 horas para se manifestar sobre o caso. Na sequência, o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator, deve decidir sobre a saída de Bolsonaro.

O ministro já autorizou que ele passe por um procedimento cirúrgico depois que a Perícia da Polícia Federal confirmou o diagnóstico repassado pela equipe médica do ex-presidente.

A equipe médica informou ainda ao Supremo que a previsão é de que o procedimento seja realizado na quinta-feira (25).

“A fim de que cirurgia indicada pela equipe médica e confirmada pela perícia realizada pela Polícia Federal seja realizada, e conforme agenda da equipe médica responsável pelo procedimento cirúrgico, requer-se que o Peticionário seja conduzido e internado no hospital DF Star, na data de amanhã, quarta-feira, dia 24 de dezembro, a fim de que possa ser submetido aos exames necessários e preparatórios ao procedimento cirúrgico”, escreveram os advogados.

Bolsonaro passou por uma perícia médica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que concluiu que o ex-presidente tem hérnia inguinal bilateral – um problema que afeta os dois lados da região da virilha – e precisaria de intervenção cirúrgica.

🔎A hérnia inguinal (também chamada hérnia na virilha) acontece quando os tecidos do interior do abdômen saem por um ponto fraco da parede muscular abdominal formando uma espécie de abaulamento no local. Quando isso ocorre dos dois lados, ela é chamada de bilateral.

Segundo o laudo, a cirurgia é considerada eletiva, ou seja, não se trata de um caso de urgência ou emergência. Ainda assim, os peritos recomendaram que o procedimento fosse realizado “o mais breve possível”, para evitar agravamento do quadro.

A perícia avaliou que houve “piora progressiva” do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo “aumento da pressão intra-abdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica”.

A autorização para a cirurgia foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última quinta-feira (19). Na ocasião, ele também negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente.

A defesa, no entanto, ainda não havia submetido oficialmente um pedido para marcar a data, o que ocorreu nesta terça.

Detido desde novembro

Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) desde 22 de novembro, após a violação da tornozeleira eletrônica que era usada por ele. O ex-presidente confessou ter tentado abrir o aparelho com um ferro de solda.

Três dias depois, Moraes determinou que o ex-presidente começasse o cumprimento da pena de mais de 27 anos de reclusão no mesmo local.

“O custodiado Jair Messias Bolsonaro, portanto, não tem direito à prisão domiciliar, pois foi condenado à pena privativa de liberdade em regime fechado, pela prática de crimes gravíssimos contra o Estado Democrático de Direito, praticados com violência e grave ameaça, bem como por liderar complexa organização criminosa composta por agentes públicos e infiltrada nos altos escalões dos órgãos governamentais”, afirmou Moraes.

Histórico de problemas de saúde

Com 70 anos de idade e após ter levado uma facada em 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou, nos últimos anos, uma série de problemas de saúde.

Foram registrados problemas de pressão, problemas de obstrução intestinal, crises de soluço e vômito, eripsela, problemas de pele e internações por mal estar e função renal alterada, entre outros.

Foto reproduzida da Internet

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