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Delator dos golpistas, Cid rejeita escolta da PF e organiza mudança para os EUA

Está no Brasil 247

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), rejeitou a possibilidade de ser acompanhado por escolta da Polícia Federal (PF) e agora concentra esforços para deixar o Brasil e se mudar para os Estados Unidos. 

Segundo o Metrópoles [1], os advogados de Cid solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a pena de dois anos em regime aberto, fixada pela Primeira Turma do STF, seja considerada extinta, alegando que o militar já cumpriu medidas cautelares como prisão preventiva e uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, foi requisitada a devolução de seus passaportes, o que abriria caminho para a mudança ao exterior.

Condenação e expectativas frustradas

Cid havia firmado acordo de delação premiada com a Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder. Ele acreditava que sua pena seria mais dura, entre seis e oito anos, conforme previa o entendimento inicial das investigações. No entanto, a decisão final do STF estipulou dois anos em regime aberto, o que surpreendeu o militar.

Agora, a defesa busca que o tempo em que ele permaneceu submetido às medidas cautelares seja abatido da condenação. O objetivo é encerrar o processo sem que reste qualquer punição em aberto.

Planos pessoais e mudança para os EUA

Com a possibilidade de encerrar definitivamente sua punição, Mauro Cid manifestou o desejo de se mudar para os Estados Unidos junto da esposa e das filhas. O irmão do tenente-coronel já vive na Califórnia, o que facilitaria a transição. Em junho, a família viajou ao país sem a presença do militar, que permaneceu no Brasil.

A decisão do STF diferenciou Cid dos demais réus do chamado núcleo 1 da investigação, já que ele não terá de iniciar pena em regime fechado e não enfrenta julgamento no Superior Tribunal Militar (STM) sobre eventual perda de patente.

PGR não recorrerá

Outro ponto que favorece o militar é a posição do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Apesar de discordar da pena fixada, por considerá-la branda, Gonet já indicou que não pretende recorrer da decisão da Primeira Turma do STF. Nos bastidores, ele argumenta que, embora tivesse defendido uma condenação maior, não vê espaço para alterar o resultado.

Com esse cenário, resta apenas a avaliação do ministro Alexandre de Moraes sobre o pedido de extinção da punibilidade. Caso seja aceito, Mauro Cid ficará livre para retomar sua vida e dar andamento ao projeto de se estabelecer definitivamente nos Estados Unidos.

Foto reproduzida da Internet

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