Política

Delegado da PF que estava na presidência do Inep pede demissão

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O atual presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Elmer Coelho Vicenzi, pediu demissão nesta quinta-feira (16), de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC).

Delegado da Polícia Federal, Vicenzi é a primeira baixa na gestão do ministro Abraham Weintraub. Ele foi o terceiro a ocupar o cargo desde o começo do ano. Vicenzi ficou 24 dias na presidência do Inep.

O instituto é uma autarquia vinculada ao MEC. O órgão é responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de outros exames (Revalida, Encceja, Enade, etc.), avaliações (Sinaes, Saeb), censos da educação e estatísticas sobre a educação brasileira, como as que formam o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Antes de assumir o cargo, o delegado da Polícia Federal atuava na Corregedoria-Geral da PF. Ele também já foi chefe do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, e foi diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Pedido de Bolsonaro

Na terça-feira, o agora ex-presidente do Inep esteve em uma audiência pública na Comissão da Educação da Câmara dos Deputados. Ele disse que o presidente Jair Bolsonaro não pediu para ler a prova do Enem 2019 e que, se o pedido fosse feito, ele acionaria a Advocacia Geral da União (AGU).

“(…) caso chegarmos a isso [a um pedido de Bolsonaro], tenho certeza que a Advocacia Geral da União será instada a se manifestar sobre a questão do procedimento. Mas, mais do que isso, é a garantia aos alunos de que a prova está sendo finalizada. A prova finalizou, ninguém mexe”, afirmou Vicenzi aos deputados.

Três chefes em 2019

O Inep ficou sem diretor entre o dia 26 de março, quando o então ministro Ricardo Vélez Rodríguez exonerou Marcus Vinicius Rodrigues, e 15 de abril, quando Elmer Vicenzi foi anunciado por Abraham Weintraub.

Marcus Vinicius Rodrigues ocupou o cargo de 22 de janeiro a 26 de março. Ele é doutor em Engenharia da Produção, professor e consultor na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sua passagem foi marcada pela portaria – posteriormente revogada – que suspendia a avaliação da alfabetização de crianças. Após ser demitido, disse que não há comunicação dentro do MEC.

Antes de Rodrigues estava no cargo Maria Inês Fini, demitida em 14 de janeiro. Ela estava no cargo desde maio de 2016 e havia sido nomeada pelo então presidente Michel Temer.

Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

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