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Deportações, perseguição a rivais e decisões por decreto: em 9 meses, Trump tira do papel quase metade de projeto ultraconservador

Está no g1

Em nove meses, o governo de Donald Trump [1] já tirou do papel 47% do chamado “Projeto 2025”, um plano ultraconservador que se tornou um dos principais temas das eleições dos Estados Unidos [2] em 2024. O levantamento, recém-concluído, é do Centro para a Reforma Progressista, organização norte-americana que realiza pesquisas políticas.

Contexto: O Projeto 2025 foi elaborado pela Fundação Heritage e por grupos conservadores antes mesmo de Trump ser oficializado candidato nas eleições do ano passado. A ideia era criar um plano de governo para um eventual presidente republicano.

Segundo levantamento do Centro para a Reforma Progressista, até 30 de setembro, o governo Trump havia iniciado ou concluído 251 das 532 medidas previstas no plano da Fundação Heritage — uma média de uma ação por dia desde o início do mandato, em 20 de janeiro.

Uma das áreas que mais tirou do papel as medidas do Projeto 2025 foi Escritório de Gestão e Orçamento. O setor é comandado por Russel Vought, um dos pais do Projeto 2025. Leia mais abaixo.

Entre as principais medidas adotadas pelo governo Trump alinhadas ao Projeto 2025 estão:


Execução do Projeto 2025

Para James Goodwin, diretor de políticas do Centro para a Reforma Progressista, ao aplicar o Projeto 2025, Trump tem mostrado como a democracia americana pode ser frágil. Segundo ele, a rapidez na implementação da agenda se deve ao uso agressivo de “atalhos”.

“O progresso tem sido realmente rápido de maneiras que talvez nem nós esperávamos. Isso nos ensina o quão frágil é a supervisão sobre o governo. É muito difícil responsabilizar alguém que não age de boa-fé e não respeita o Estado de Direito. Trump tem explorado isso impiedosamente”, afirma.

Para Uriã Fancelli, mestre em relações internacionais pelas universidades de Estrasburgo e Groningen, o Projeto 2025 tem funcionado como a “espinha dorsal do governo Trump”. Por outro lado, segundo ele, as medidas adotadas representam um risco à democracia americana.

“Os Estados Unidos podem entrar em uma fase que vai além da erosão democrática, indo para o colapso democrático. Os freios democráticos permaneceriam apenas de fachada. As instituições continuariam existindo, mas sem poder real.”

g1 entrou em contato com a Casa Branca sobre o assunto e aguarda retorno.

Foto reproduzida da Internet

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