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Descoberta a razão do drama shakespeariano do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira

por Carlos Alberto Barbosa

Propositadamente, acredita-se, o “ministro queridinho” de Bolsonaro, Rogério Marinho (do Desenvolvimento Regional), candidato a senador nas eleições de outubro, deixou escapar a razão do drama shakespeariano do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, de ser ou não candidato a governador. Eis a questão!

Segundo o Blog do Barreto, ao cumprir agenda em Mossoró o ministro disse ao jornalista Saulo Vale, da Super TV, que está trabalhando para que o presidente Ezequiel Ferreira dispute o governo do Rio Grande do Norte na condição de candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estamos nesse processo de negociação. Eu com certeza estarei apoiando o presidente Bolsonaro na condição de candidato ao Senado”, declarou Rogério Marinho.

Mal avaliado junto ao eleitorado potiguar, de acordo com todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até agora, o presidente Bolsonaro, candidato a reeleição, não é o que qualquer candidato a governador gostaria de ter em seu palanque e muito menos ser considerado o seu candidato. Só puxa pra baixo, tal o desgaste.

Ezequiel Ferreira, que foi lembrado recentemente para ser candidato a governador numa rifa de nomes das oposições à governadora Fátima Bezerra, além desse problema de ter que ser chamado de candidato de Bolsonaro, tem outro a ser resolvido. Por enquanto ainda é considerado aliado da governadora Fátima Bezerra (PT), candidata legítima e natural a reeleição. O presidente da Assembleia desde o segundo turno das eleições passadas apoia Fátima, inclusive, tendo indicado cargos no governo petista.

Ah, lembro ainda que o PSDB, partido de Ezequiel Ferreira, tem um pré-candidato a presidente, João Dória, que deverá deixar o governo de São Paulo em 2 de abril, data limite estipulado pelo TSE para que representantes do Executivo que pretendam concorrer a outros cargos em 2022 renunciem aos seus mandatos.

Sabedor destas dificuldades, Ezequiel Ferreira continua reticente e sem se pronunciar, a ponto de uma nota do PSDB dizer que “só quem fala por Ezequiel Ferreira é Ezequiel Ferreira”. Na semana passada ainda foi ensaiado um fato novo, ou seja, a aliança do PSDB e o MDB, do deputado Walter Alves, com vistas as eleições, ao menos do ponto de vista das candidaturas proporcionais. Foi frustrado neste encontro a palavra de Ezequiel para dizer se é ou não candidato a governador das oposições. Há quem enxergue nesse ato uma maneira de tanto Ezequiel Ferreira quanto Walter Alves, valorizar seus passes.

Fato é que o drama shakespeariano, “de ser ou não ser, eis a questão”, frase da personagem Hamlet, de Shakespeare para o drama “A Tragédia de Hamlet, pode muito bem ser readaptada para os dias atuais na pele do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira.

Como costumo dizer:

A conferir!

Foto reproduzida da Internet

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