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‘Diplomacia sem armas é como música sem instrumentos’, diz Eduardo Bolsonaro na Câmara

Está no G1

O deputado federal Eduardo Bolsonaro [1] (PSL-SP) disse nesta quarta-feira (14), na abertura de um seminário na Câmara sobre o papel das Forças Armadas, que “a diplomacia sem armas é como música sem instrumentos”, ao usar uma citação que ele atribuiu ao rei Frederico 2º da Prússia.

O evento foi promovido pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, presidida por Eduardo. Intitulado “Desafios à Defesa Nacional e o papel das Forças Armadas”, o seminário internacional reuniu especialistas civis e militares do Brasil e do exterior.

A realização foi proposta em um requerimento apresentado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, subscrito pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e aprovado pelo colegiado em março.

Durante o seminário, Eduardo Bolsonaro defendeu que a diplomacia e as Forças Armadas devem caminhar juntas “num projeto de um Brasil acima de tudo e de uma pátria soberana e forte”.

“Diplomacia e defesa são faces da mesma moeda. Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia em nosso relacionamento externo. Não por acaso, essa Casa resolveu unir os temas afetos à diplomacia e à defesa em uma única comissão, a qual tenho orgulho de presidir. O próprio Frederico II [antigo rei da Prússia] conhecido como o Grande, disse, certa vez: ‘Diplomacia sem armas é como música sem instrumentos’”, afirmou o deputado.

Nos próximos dias, o presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, deve indicar oficialmente o filho para o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos [2].

O nome de Eduardo já recebeu o aval do governo norte-americano [2], e o presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou a escolha [3].

No entanto, aqui no Brasil, Eduardo precisa passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado no plenário da Casa.

De acordo com o blog do Valdo Cruz, atualmente o governo não teria os votos suficientes [4] pela aprovação, mas trabalha intensamente para conseguir o apoio necessário.

Diplomacia e Forças Armadas

Ainda no discurso desta quarta, Eduardo Bolsonaro ponderou que, diante de “um sentimento generalizado de insegurança”, “é importante a sinergia entre a diplomacia e defesa”, mas “esperando sempre que o diálogo prevaleça”.

Ao comentar o papel das Forças Armadas, o deputado afirmou que a defesa nacional também é de responsabilidade dos cidadãos. Ele defendeu o armamento da população.

“O senso comum aponta quase sempre para as Forças Armadas como sendo as únicas instituições com encargo de prover a defesa nacional. Se essa é a missão precípua do braço armado da sociedade, não é menor a responsabilidade de todos os cidadãos pela defesa nacional, uma vez que a sobrevivência do Estado e da própria sociedade exigem o empenho de todos”, discursou o deputado.

Eduardo Bolsonaro citou a Suíça, país, que, segundo ele, é pacífico, mas não se desarmou.

“Um país pacífico não é um país desarmado. Cito como exemplo da Suíça, que tem uma grande concentração de armas nas mãos dos seus cidadãos e de nenhuma maneira é vista como um país não pacífico.”

Na avaliação dele, o “desarmamento de alguns só atende aos interesses mais sombrios daqueles que não têm projeto de nação, mas projeto de si mesmos”.

Entre os presentes no evento, estavam o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes da Marinha, Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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