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Do império ao caos: como as corporações estão golpeando o Estado americano por dentro

por Reynaldo José Aragon Gonçalves, no Brasil 247

A crise política que assola os Estados Unidos hoje não se trata de um golpe de Estado tradicional, mas sim de algo ainda mais profundo e sistêmico: um golpe das elites contra o próprio Estado. O que está em jogo não é apenas a disputa entre republicanos e democratas, entre progressistas e conservadores, mas sim a transformação do aparato estatal em um instrumento cada vez mais subordinado ao controle privado das Big Techs e dos oligarcas do Vale do Silício. Esse processo se intensificou nos últimos anos com a ascensão do trumpismo e de sua corrente tecno libertária, que não busca tomar o poder para consolidar um governo convencional, mas sim dissolver as estruturas estatais e substituí-las por um novo modelo de administração baseado no domínio corporativo das plataformas digitais, da inteligência artificial, da segurança cibernética e das operações psicológicas.

Nos últimos anos, os EUA têm vivido uma guerra interna pelo controle do Estado, e essa guerra envolve diretamente os interesses das Big Techs, da extrema-direita trumpista e dos setores tradicionalmente ligados ao deep state americano. Esse embate pode ser observado na disputa pelo comando de instituições como a USAID, o FBI, o Departamento de Estado e as diversas agências de inteligência que historicamente operaram como braços do imperialismo americano. O que se vê agora é uma fragmentação dessa máquina, impulsionada pelo avanço de bilionários como Elon Musk e Peter Thiel, que, ao contrário das elites políticas tradicionais, não têm interesse em preservar o Estado como estrutura de governança, mas sim em moldá-lo à imagem e semelhança de suas empresas e visões ideológicas. Esse processo avança em diversas frentes e está diretamente conectado à ascensão do tecno libertarianismo como alternativa ao modelo estatal tradicional.

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