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Dólar desaba e fecha a R$ 5,84 após recuo de Trump em seu `tarifaço´; Ibovespa dispara mais de 3%

Está no g1

O dólar disparou durante a manhã, mas passou a cair e fechou em forte queda nesta quarta-feira (9), cotado a R$ 5,84. A mudança brusca de direção ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuar do tarifaço contra mais de 180 países [1].

O republicano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. [2] A exceção será a China, que retaliou as tarifas aplicadas pelos EUA, e agora terá taxas de importação de 125%. [1]

Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 6,0961. Na mínima, bateu R$ 5,8292. O Ibovespa [3], principal índice de ações da bolsa de valores, também inverteu o sinal ao longo do dia e fechou em alta de mais de 3%. (veja os detalhes mais abaixo)

Antes do anúncio, o mercado reagia mal à guerra global de tarifas iniciada pelos EUA e intensificada com as retaliações chinesas.

Nesta manhã, o Ministério das Finanças da China anunciou que imporá tarifas de 84% sobre os produtos americanos [4] — uma alta de 50 pontos percentuais sobre os 34% que já haviam sido impostos na semana passada.

Essa elevação das tarifas pela China foi mais uma resposta aos EUA, que havia elevado a tarifa em resposta à primeira retaliação chinesa. (entenda mais detalhes abaixo)

Nesta quarta-feira, a União Europeia [5] também aprovou uma retaliação aos EUA. O bloco de 27 países anunciou que vai aplicar tarifas de 25% sobre uma série de importações dos EUA  [6]a partir da próxima terça-feira (15).

O que está mexendo com os mercados?

O humor do mercado mudou completamente depois que o presidente dos EUA anunciou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas [1], e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.

Segundo Trump, as taxas contra os chineses aumentarão para 125%, devido às retaliações anunciadas por Pequim nesta semana.

“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos [7] da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump.

Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma “pausa” no tarifaço detalhado na quarta-feira da semana passada, que resultou na escalada da guerra comercial global.

Mais cedo, o clima estava azedo depois do anúncio da nova tarifa de 84% cobrada pela China [4] sobre os produtos americanos, que aconteceu no mesmo dia em que entraria em vigor uma tarifa de 104% contra o país asiático [8].

Em duelo com os EUA desde o anúncio das tarifas recíprocas [9], a China disse que estava preparada para “revidar até o fim” contra o plano de Trump de reduzir as importações.

Nesta quarta (9), a União Europeia também aprovou o seu primeiro pacote de retaliação contra as tarifas, apesar de reforçar que está disposta a negociar [6]. O bloco de 27 países decidiu aplicar taxas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15), em etapas.

Inicialmente, a ação da UE é uma resposta específica às tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio aplicadas pelos EUA no mês passado [10]. O bloco ainda está avaliando como responder às tarifas sobre automóveis e outras questões mais amplas.

A questão para a economia global é que o aumento de tarifas traz as seguintes consequências:

As commodities ligadas ao aquecimento da atividade econômica, como petróleo e minério de ferro — que são muito demandadas quando a produção no país é grande — também sofriam no início do dia, e registravam os seus menores patamares em anos.

O barril de petróleo chegou ao entorno dos US$ 60. Durante o pregão, caiu abaixo desse patamar. Segundo levantamento da XP, esse é o menor nível da commodity em quatro anos, desde meados da pandemia de Covid-19, quando o mundo passou por uma forte desaceleração econômica.

“Além disso, o preço do minério de ferro cedeu para US$ 90 por tonelada, patamar bem abaixo dos US$ 110 que operava antes dos anúncios das tarifas”, destaca o relatório da XP.

Imagem reproduzida da Internet


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