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Salvo algumas surpresas, o presidente dos Estados Unidos [1], Donald Trump [2], seguiu em 2025 a agenda que havia prometido durante sua campanha eleitoral.
Sua caça aos imigrantes dentro dos EUA, os tarifaços, a intervenção no combate à criminalidade em cidades democratas e a tentativa de resolver conflitos internacionais marcaram o primeiro ano do segundo mandato de Trump.
Tudo dentro de um roteiro mais ou menos já traçado por Trump antes de ser reeleito para a Casa Branca – em sua campanha, ele prometeu, por exemplo, expulsar todos os imigrantes em situação irregular dos EUA e encerrar a guerra na Ucrânia [3] em 24 horas.
O mesmo não se pode dizer, no entanto, de seu segundo ano do segundo mandato: a agenda que o presidente norte-americano seguirá em 2026 é cercada de imprevisibilidade, segundo especialistas ouvidos pelo g1, mas há algumas pistas já indicadas pelo governo Trump.
A demora em resolver conflitos internacionais, o desgaste por conta das prisões de imigrantes ao redor dos EUA e a divisão interna crescente em seu partido também devem obrigar o presidente a rever suas prioridades, segundo as análises.
A operação militar que os EUA vêm realizando perto da costa da Venezuela e um documento de política externa divulgado em dezembro [4] sinalizam que, em 2026, a política externa de Trump deve ter a América Latina como um de seus principais focos.
Analistas avaliam que o presidente tende a reforçar a presença e a influência na região em uma releitura da Doutrina Monroe — apelidada de “Doutrina Donroe” [5] (leia mais abaixo).
Em 2026, a avaliação é que Trump
- Dobrará a aposta nas políticas anti-imigração, agora fechando as portas para novas chegadas;
- Tentará resolver conflitos internacionais com acordos voláteis;
- Aplicará a chamada “Doutrina Donroe”, com a qual expandirá operações na América Latina e buscará liderar um protecionismo no Ocidente para fazer frente à China e à Rússia;
- Tentará reagrupar o Partido Republicano, hoje fragmentado, e fará campanha agressiva para as eleições de meio de mandato;
- Travará uma batalha entre estados e gigantes da Inteligência Artificial para a regulamentação do uso da IA nos EUA;
- Manterá a imprevisibilidade, marca de seu estilo de governo.
Foto reproduzida da Internet