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Drones-bomba no Rio: CV dominou tecnologia com ajuda de militar da Marinha, mostrou Fantástico

Está no g1

Criminosos usaram drones para lançar bombas [1] contra policiais durante a megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, contra o Comando Vermelho [2].

Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram os objetos sobrevoando os policiais e lançando as granadas. Não há informações sobre feridos após os lançamentos. “É assim que a polícia do Rio de Janeiro [3] é recebida por criminosos: com bombas lançadas por drones”, declarou o governador Cláudio Castro (PL). [4]

O uso de drones pelo Comando Vermelho já era monitorado pela polícia. Há um ano, o Fantástico mostrou que um militar da Marinha ajudou a facção a adaptar equipamentos para lançar explosivos, num esquema que unia tecnologia militar e o tráfico de drogas.

Na época, a Polícia Federal prendeu o cabo Rian Maurício Tavares Mota dentro de um quartel em Niterói. Ele foi apontado como responsável por desenvolver dispositivos capazes de acoplar granadas aos drones e por treinar criminosos no uso dos aparelhos durante ataques a grupos rivais.

Segundo as investigações, o militar usava os drones também para monitorar deslocamentos da polícia e repassar informações estratégicas ao Comando Vermelho. Na casa dele, a PF encontrou um bunker subterrâneo preparado para esconderijo e sobrevivência por vários dias.

“Nós precisamos comprar o dispensador, chefe. É um dispositivo que bota no drone, que ele libera a granada, entendeu? Sendo que vem um cabinho segurando no pino, né? Bota o pino no drone e a granada nesse dispositivo”, diz o criminoso em áudio interceptado pela PF.

O interlocutor do militar é Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes do Comando Vermelho. [5]

Na época, os investigadores afirmaram que o caso não era isolado e que outras apurações da PF já haviam identificado traficantes de diferentes facções no Rio usando drones adaptados para lançar granadas.

Em uma das conversas interceptadas pela investigação, do dia 2 de fevereiro de 2024, Rian enviou para Doca um vídeo que mostra o uso de drones para lançar explosivos na Guerra da Ucrânia e oferece fazer um sistema parecido para atacar criminosos rivais.

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