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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, estuda impor novas sanções contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), caso o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), por tentativa de golpe, não seja encerrado, relata o Financial Times [1].
Segundo o parlamentar, que vem conduzindo uma campanha de lobby em Washington, Trump considera alternativas como ampliar o bloqueio de vistos, adotar medidas tarifárias e até sancionar familiares de magistrados. Eduardo declarou que “Trump ainda tem a opção de dobrar a aposta diante da reação de Alexandre de Moraes”, ministro que conduz o processo.
Confronto diplomático e medidas já adotadas
A tensão entre Brasil e Estados Unidos atingiu um dos momentos mais críticos em dois séculos. O governo norte-americano já havia elevado tarifas sobre produtos brasileiros para 50% e proibido a entrada de oito ministros do STF em território norte-americano, citando o julgamento de Bolsonaro, a regulação de plataformas de redes sociais e questões comerciais.
O juiz Alexandre de Moraes foi alvo de sanções do tipo Magnitsky, que congelam ativos nos EUA e proíbem cidadãos e empresas norte-americanas de manter relações comerciais com ele. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou Moraes de “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados”.
Reações no Brasil e no exterior
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a pressão de Washington como “inaceitável” e reafirmou que o julgamento seguirá normalmente. Moraes, por sua vez, reforçou medidas contra Bolsonaro, impondo prisão domiciliar e proibindo contatos entre pai e filho após concluir que ambos buscaram apoio de autoridades dos EUA para interferir no caso.
Enquanto críticos o acusam de agir contra interesses nacionais e prejudicar exportações, Eduardo Bolsonaro alega que busca “salvar a democracia” e afirma que está disposto a enfrentar ataques da esquerda. Ele também planeja viagens à Europa para defender sanções semelhantes na União Europeia, citando apoio de políticos de direita, como André Ventura, líder do partido Chega, em Portugal.
Foto reproduzida da Internet