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Rebeca Ramagem, esposa do deputado federal Alexandre Ramagem, disse nas redes sociais que sua família está nos Estados Unidos por conta do que chamou de “perseguição política”.
Ramagem foi condenado a 16 anos no caso da trama golpista, mas encontra-se nos EUA. Segundo Rebeca, a ida ao país norte-americano foi o “início de uma nova jornada”.
“Há uma semana, desembarquei com minhas filhas nos EUA com um único propósito: proteger a minha família! A proteção das nossas filhas é e sempre será a nossa prioridade. Hoje, infelizmente, não encontramos no país a garantia de uma justiça imparcial. Somos vítimas de lawfare e temos enfrentado uma perseguição política desumana. Ainda assim, seguimos firmes. Somos fortes, capazes e prontos para ressignificar nossa história. Iniciamos agora uma nova jornada — e, como sempre, seguiremos unidos!”, disse Rebeca.
No Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou na sexta-feira (21) a prisão preventiva de Ramagem.
Condenação no STF
Ramagem foi condenado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão pelos crimes de: organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Os ministros da 1ª Turma entenderam que Ramagem usou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da qual foi diretor na gestão Bolsonaro, para vigiar adversários políticos.
E que o deputado ajudou Bolsonaro nos ataques ao sistema eleitoral para manter o ex-presidente no poder.
A decisão do STF determinou que ele não poderia deixar o país e que deveria entregar o passaporte.
O processo está na fase dos recursos das defesas — o primeiro embargo de Ramagem já foi negado. Após a fase dos recursos, o cumprimento da pena pode ser executado.
Na quarta-feira (19), o PSOL pediu ao STF e à PF a prisão de Ramagem. No entanto, conforme a TV Globo apurou, a prisão preventiva do parlamentar já havia sido decretada pelo ministro Alexandre de Moraes após pedido sigiloso da PF.
Foto reproduzida da Internet