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O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes afirmou nesta terça-feira (24), em acareação com o ex-ministro Anderson Torres, que Jair Bolsonaro apresentou a ele e aos outros comandantes das Forças Armadas uma minuta de decreto com o objetivo de instaurar um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF). O depoimento ocorreu no âmbito do inquérito sobre a trama golpista.
Segundo Freire Gomes, a minuta foi discutida em reunião no Palácio da Alvorada no final de 2022. O conteúdo era semelhante ao documento encontrado pela Polícia Federal em janeiro de 2023 na casa de Anderson Torres. Os dois foram ouvidos juntos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com o objetivo de esclarecer contradições entre seus depoimentos anteriores. Diferentemente de Torres, Freire Gomes não está entre os 31 réus da investigação da trama golpista.
A proposta golpista apreendida com o ex-ministro de Bolsonaro previa intervenção no TSE e a criação de uma comissão militar com poderes sobre o processo eleitoral. Houve duas observações coincidentes com algumas mencionadas pelo ex-comandante do Exército. A acareação entre Freire Gomes e Anderson Torres foi conduzida pela Polícia Federal como parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além de Anderson Torres, outros réus incluem Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus ex-ministros, como o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (ex-titular da Defesa) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin – Agência Brasileira de Inteligência.
Foto reproduzida da Internet